Manhã
Olhou a fresta da porta viu a sombra dele se arrumando no banheiro escovando os dentes secando o rosto na toalha antes branca arrumando a cueca na frente ele volta olha rapidamente seu corpo seminu entregue aos lençóis anda até o armário na esperança de pensar rapidamente em uma frase boa para romper o silêncio nada estica-se veste uma calça preta camisa abotoada senta-se no canto da cama e veste as meias os sapatos passa mão nos cabelos espreme os olhos volta-se para ela dá um beijo em sua testa sai sem fazer alarde ela pensa que saiu rápido demais sem esperança de revê-lo liga o chuveiro uma última vez.
Sábado à noite
Pintou os lábios
Rímel
Puxou os cabelos para trás
Prendeu bem alto
Meia calça preta de renda florida
Blusa lilás
Ombro caído
Perfume francês
Salto doze
Buzina na janela
Suspiro
É chegada a hora da conquista final
Todos sabem o que vai acontecer no final
Fechou a porta
E sorriu
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Imagens Intrigantes
Essa artista plástica contemporânea, Tara MacPherson faz um trabalho no mínimo perturbador. Com um quê de Tim Burton com alma feminina, a artista tem imagens impressionantes neste website que reúne gravuras, pinturas e outras formas de arte em dia com a estética da internet: cores vivas e arabescos, formas inusitadas e surrealistas. Vale a pena conferir:
http://www.taramcpherson.com/art/Paintings/Gallery%201/Detail/BD221E/Sometimes+I+Just+Want+a+Hug
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
Little Joy
Para quem já curtia Los Hermanos, ou uma toada Indie, a Little Joy é bem bacana. Vale a pena conferir as músicas disponíveis no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=o2lKjazoQ9g&feature=related
Enjoy!
Enjoy!
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Uma quinta-feira entre o sol e o teclado
Qual é a boa? Qual é a boa nessa quinta-feira ensolarada? Talvez um happy hour com as amigas mais chegadas. Let's have fun! Que o dia logo termina e a noite pode ser mais do que uma criança, uma pantera sinuosa, inquietante e charmosa.
Eu vou e você?
Segue um poeminha, para não perder a prática:
Narrativas
O texto vai sendo escrito
Palavras na página outrora branca
Começo a saga de um protagonista cheio de dúvidas
Sua sensação de isolamento
Aos poucos, como na vida
A ficção toma cores
Aparece um personagem interessante
Como que inesperado, com ele chegam sentimentos
Nunca antes experimentados
Um crescente arrebatador
Uma tarde ensolarada e quente
Um ardor que toma conta de suas atitudes e vontades
Algo que guia sua vida como inevitável roda d’água
Mas como um ciclo que se fecha
A fruta pende e derrete-se na terra fofa
O amor se esvai
Ficando um tormento
Seguido de amargura e lamento
Hora vai se tornando uma saudade
Uma lembrança
Que dá espaço, sim
Para novos encontros impertinentes
Inusitados
Como um feixe que se incendeia
Sem o peso do passado
Água nova, límpida que brota
Numa manhã fria, entre um musgo vívido
Imagens escritas
Imagens trazidas do peito
Um final redondo como luzes de cristais que cintilam
Da janela
Numa cristaleira ao lado da escrivaninha
Digito:
p-o-n-t-o f-i-n-a-l
Eu vou e você?
Segue um poeminha, para não perder a prática:
Narrativas
O texto vai sendo escrito
Palavras na página outrora branca
Começo a saga de um protagonista cheio de dúvidas
Sua sensação de isolamento
Aos poucos, como na vida
A ficção toma cores
Aparece um personagem interessante
Como que inesperado, com ele chegam sentimentos
Nunca antes experimentados
Um crescente arrebatador
Uma tarde ensolarada e quente
Um ardor que toma conta de suas atitudes e vontades
Algo que guia sua vida como inevitável roda d’água
Mas como um ciclo que se fecha
A fruta pende e derrete-se na terra fofa
O amor se esvai
Ficando um tormento
Seguido de amargura e lamento
Hora vai se tornando uma saudade
Uma lembrança
Que dá espaço, sim
Para novos encontros impertinentes
Inusitados
Como um feixe que se incendeia
Sem o peso do passado
Água nova, límpida que brota
Numa manhã fria, entre um musgo vívido
Imagens escritas
Imagens trazidas do peito
Um final redondo como luzes de cristais que cintilam
Da janela
Numa cristaleira ao lado da escrivaninha
Digito:
p-o-n-t-o f-i-n-a-l
sexta-feira, 7 de agosto de 2009
Dream tonight
Céu azul extremo
Parece que acordo num filme americano
Em que a rotina sem graça sufoca
Horas no trabalho
Que demoram a passar
E dias que passam rápido demais
I’m still thinking about you
Alguns minutos de vídeos na internet
Um riso, uma bela canção
Um rock para levantar o astral
Uma comida que tanto faz
Uma troca de carinho com colegas tão legais
Uma vida sem sentido maior
Eu sonhava algo mais
Sem glamour, sem realizações dignas da história
Sem amores arrebatadores correspondidos
Sem cartas
Sem filhos
Horas inexatas
Hora de partir, hora de partir dessas ideias latentes
Hora de mergulhar fundo nos ideais
Concretizar melhoras
Concretizar uma busca em vão
Voar, voar
Let’s enjoy the Day
Que chegue a noite para me entorpecer
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Bolhas azuis
Eu queria ser um torpedo
Borbulhar por uma imensidão azul
Eu queria ser um tambor chinês
E tilintar longamente o meu lamento
Eu queria ser um albatroz
E planar em câmera lenta no horizonte
Eu queria ser um vaga-lume
E flamular numa floresta como aparição
Quero escorrer água na estalactite
Quero ceder areia numa duna
Quero dançar no vento semente alada
Quero vagar no tempo sem obrigação
Uma tarde em vão no pensamento
Sem pormenores, sem diálogos
Tentativa de apagão de sentimento
Borbulhar por uma imensidão azul
Eu queria ser um tambor chinês
E tilintar longamente o meu lamento
Eu queria ser um albatroz
E planar em câmera lenta no horizonte
Eu queria ser um vaga-lume
E flamular numa floresta como aparição
Quero escorrer água na estalactite
Quero ceder areia numa duna
Quero dançar no vento semente alada
Quero vagar no tempo sem obrigação
Uma tarde em vão no pensamento
Sem pormenores, sem diálogos
Tentativa de apagão de sentimento
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