Se as conversas saíssem do pântano
Como bolhas
O ranço das ideias
Negras
Pútridas
As mais pequenas, pérfidas
Estalariam nos ouvidos
e federiam
como toda pequena maldade
quando se acorda crítico
Te amei tanto, bêbado
Cambaleante
Saltando entre poças
Por uma noite
Mas depois de tanta lama
Seca
A razão latente
Não cala
E seguiremos menos que amigos
Um portal
Um espelho
Uma janela
Da mente
Quando nada mais importa
Tão somente
O ocaso
O vazio
Uma meditação forçada
E germinante
Cala-te
Pega-me
Enlaça-me
Pela-me
Lamba-me
Devora-me
Decifra-me
Cubra-me
Interprete-me
E no fim...
Me ame!
Intransitivamente
Anedotas
Galhofas
Cambalhotas
Balofas palavras
Engraçadas
Como bochechas infladas
Ideias escritas discretamente
Esvaziam a mente
Em voz baixa
Voando alto
O pensamento
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