segunda-feira, 5 de abril de 2010

Poemas das férias

Se as conversas saíssem do pântano

Como bolhas

O ranço das ideias

Negras

Pútridas

As mais pequenas, pérfidas

Estalariam nos ouvidos

e federiam

como toda pequena maldade

quando se acorda crítico



Te amei tanto, bêbado

Cambaleante

Saltando entre poças

Por uma noite

Mas depois de tanta lama

Seca

A razão latente

Não cala

E seguiremos menos que amigos



Um portal

Um espelho

Uma janela

Da mente

Quando nada mais importa

Tão somente

O ocaso

O vazio

Uma meditação forçada

E germinante



Cala-te

Pega-me

Enlaça-me

Pela-me

Lamba-me

Devora-me

Decifra-me

Cubra-me

Interprete-me

E no fim...

Me ame!

Intransitivamente



Anedotas

Galhofas

Cambalhotas

Balofas palavras

Engraçadas

Como bochechas infladas





Ideias escritas discretamente

Esvaziam a mente

Em voz baixa

Voando alto

O pensamento

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