terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Na cidade


ainda te sinto
sorrindo pra mim
cheirando meus cabelos
me segurando pelo pescoço, por trás
sua mão
é conforto
e alguma segurança

ando pela cidade
chuva fina
algo de caótico e poético
se instaura no ar
entre as luzes de natal
as obras
as buzinas das motocicletas
o anonimato e a multidão
há os amigos
há crianças vibrando
rindo

há o eco dos corais
há vitrines majestosas
há um passear entre gente que corre

observo a avenida
ando sozinha
pensando em você do meu lado
me contando histórias do passado
segurando de novo a minha mão

enquanto o tempo fica congelado
um instante, um pensamento
e tudo volta a se mexer
sigo em passos automáticos
ziguezagueando entre as poças
em casa me espera
um retrato e o anoitecer

Nenhum comentário: