Letícia Feix para a Scritta
A literatura sulamericana está em festa. O peruano Mario Vargas Llosa recebeu o maior prêmio mundial de literatura, o Nobel. A obra do autor é marcada pela história e pelos costumes da América Latina, trazendo muitas vezes a discussão política e a crítica às ditaduras. também mostra várias faces biográficas em histórias e romances que contam com a influência do existencialismo e grandes doses de erotismo. Romances como Pantaleão e as Visitadoras, Conversa na Catedral, Tia Júlia e o Escrivinhador, e mais recentemente Travessuras da Menina Má são grandes sucessos do escritor, que também escreveu sobre a realidade brasileira, em A Guerra do Fim do Mundo, sobre a revolta de Canudos. A obra foi dedicada ao escritor Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.
Ativista político, o autor é conhecido por posições de direita e foi candidato à presidência do Peru em 1990. A enciclopédia virtual Wikipedia noticiou: “Em 7 de outubro de 2010 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Literatura pela Academia Sueca de Ciências por sua "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual". O presidente do Peru, Alan García, considerou o prêmio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal"”.
Vencedor de inúmeros outros prêmios de literatura, o autor, de 74 anos é membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutorados honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; pode-se citar os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Em entrevistas à imprensa internacional, o escritor contou com bom humor que acreditou que a notícia do Nobel era um trote: "Estou surpreso e ainda não consigo acreditar", acrescentou. Sobre a importância do acontecido, Llosa enfatizou que "o prêmio também reconhece a importância da literatura latino-americana", e completou: “a liberdade e a democracia são o verdadeiro caminho do progresso, que acredito que seja o papel de um escritor defender".
A Scritta Comunicação empresarial saúda o escritor e indica o livro “As travessuras da menina má”. Nesse romance de Llosa, o protagonista narra sua tragetória entrecortada pelos encontros e desencontros com uma mulher nada comum, entre memórias de infância no Peru na década de 50. A trama, recheada de fatos autobiagráficos, relata uma relação impetuosa entre a esperta e sedutora Menina Má e Ricardito, um tradutor da Unesco. Ao longo do livro, o leitor viaja por lugares famosos do mundo: a França dos anos 60; a Londres entregue ao amor livre dos anos 70; a Tóquio dos grandes mafiosos; e a Madri em plena transição política dos anos 80. O livro é uma verdadeira viagem literária com a qualidade de quem alcança em todos os seus paradoxos a alma humana. Sua leitura é um deleite tanto pela história, como pela narrativa, construída pelo autor com o refinamento da linguagem e das imagens apresentadas. O vencedor do Nobel nos agracia.
Fonte: Wikipedia
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