Boto aqui a dica da minha queridíssima professora de Francês, jornalista, estudiosa da moda, fotógrafa e amiga, Caroline, a cantora francesa Camille, que canta a trilha do desenho Ratatouille.
Dá pra conferir em http://www.youtube.com/watch?v=ZBe2jvEbGr8&feature=related.
Mas as experimentações e loucuras da moça são ainda mais interessantes, como ela cantando Berimbau:
http://www.youtube.com/watch?v=7PZjvX2ylmI&feature=related
e outras coisitas mui diferentes e inspiradoras:
http://www.youtube.com/watch?v=mAkKrq96vrU&feature=related
Vale a pena ver tudo relacionado a essa diva, incluindo o site:
http://www.camille-lefil.com/
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Reine sobre mim
Taí duas diquinhas fortes para o feriadão, pra quem pegar uma chuva de leve ou um furacão!
Reine sobre mim, com o Adam Sandler em sua melhor performance dramática, mesmo, escabelado e barbudo. É deprê, mas muito bom. Vai fundo nas relações humanas e no que a gente pode fazer com a nossa vida pela inércia ou pela depressão profunda, mas com criatividade.
Outro drama pesadão, mas não menos bom, é Entre o Céu e o Inferno, com o Samuel Jackson, que dá uma canja tocando um blues metálico e ácido e a Chritina Ricci, magérrima, arrasando na interpretação de uma ninfomaníaca beberrona. Tem até o Justin Timberlake com sua voz fina e interpretação média, mas que não estraga o conjunto da obra, e ele é bonito messssmo, fazer o quê! Ajuda!
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
Vacuidade
Vacuidade S.f. 1. Estado ou qualidade do que é vazio; inanidade. 2. Fig. Vaidade, presunção.
Numa vacuidade tamanha
Façanha do tédio sobre minha vida
Vesga pupila
Desvanecida de querer
Vá malícia
E me traga algo de novo
Que com esse pudor todo
Fica somente a inércia
E o bege
Fica liso
Sóbrio, morno
Existência inane
Se não fosse por algumas idéias não realizadas
Sonhadas e não escritas
Que tilintam numa réstia de pensamento
Enquanto suspiro mais um dia desperdiçado
Nada valeria
Nada
25/10/2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Indicações para um cineminha no lar
Essas semanas vi alguns filminhos interessantes, quase nada novo, mas tudo de bom:Para quem gosta de ação, "Duro de Matar 4.0" é um clássico: muito tiro, muito carro voando e explodindo, mas o velho bom humor e charme do Bruce Willis garante o bom programa.
Para quem gosta de algo mais cabeça, mas nem tanto, sugiro "Kinky Boots". É um filminho inglês que retrata a saga de um cara, na casa dos trinta e poucos, que tem que assumir a fábrica de sapatos de sua família após a morte do pai. Ele descobre que a fábrica está individada e vai tentar resolver os problemas mudando o perfil de seu público alvo; isso, depois de conhecer um travesti. Comédia leve e perspicaz, com humor inglês e um certo grau de inocência. Muito legal.
Já mais cabeça e também mais dramático é "Uma canção de amor para Bob Long", com o John Travolta e a Scarlett Johanson. Esse é mais antigo.
É a história de uma jovem, que ao perder a mãe, vai a Nova Orleans, antes do Katrina, para reaver a casa da família. Lá encontra os amigos da sua mãe: vários músicos e dois estudiosos de literatura em crise, homens tido como loosers aos padrões americanos, mas muitíssimo interessantes. A atuação do Travolta merecia um Oscar.É drama, mas com piadas ácidas muito boas.
terça-feira, 28 de agosto de 2007
Vivo
Vivo
Ele vive
Como um câncer
Como criptonita
Me sugando vezes
Toda a energia
Como tensão pré-menstrual
Me fazendo sentir um lixo
Ele é falta
Me falta
Deixa ferida aberta
Vezes quase cicatrizada
Como a que batemos e cai a casquinha
E dói pra burro
Ele me amarga
Vezes me faz rir com as memórias
Me enche e esvazia
Me deixa um vazio de mim...
Me contorce, dilacera
Me prende, demora em mim
Me faz, como bolha
Caminhar nas pontas dos pés...
Ai que vontade de correr de mim!
Pra ver se me perdendo
Ele se perde
Pra ver se me partindo
Ele parte, evapora...
E o que sobrar de mim será livre, leve
E voará no ar ao sabor do vento
Ele vive
Como um câncer
Como criptonita
Me sugando vezes
Toda a energia
Como tensão pré-menstrual
Me fazendo sentir um lixo
Ele é falta
Me falta
Deixa ferida aberta
Vezes quase cicatrizada
Como a que batemos e cai a casquinha
E dói pra burro
Ele me amarga
Vezes me faz rir com as memórias
Me enche e esvazia
Me deixa um vazio de mim...
Me contorce, dilacera
Me prende, demora em mim
Me faz, como bolha
Caminhar nas pontas dos pés...
Ai que vontade de correr de mim!
Pra ver se me perdendo
Ele se perde
Pra ver se me partindo
Ele parte, evapora...
E o que sobrar de mim será livre, leve
E voará no ar ao sabor do vento
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Poemas de 2ª feira, By Ciça Gomes
Era sutil como parede cor de gelo
respingos de sangue
talvez a façam lembrar
que até mesmo as paredes
se fazem presentes.
Escrevia por mania
foi chamada de maníaca
algumas das vezes chorou
outras vezes sentiu um prazer demoníaco
então, continuou.
Posto que
vanguarda nada
artistas do pós tudo
não fazem nada
confundem-se
fundem-se
ao real
imaginário.
O absurdo
do cotidiano
causa traumas
ao longo dos anos
o absurdo da fantasia
é um remédio
que anestesia.
AFORISMOS FILOSÓFICOS: Diga-me com quem andas que te direi qual Maria és.
Escrevo por mim mesma
versos de conforto
escrevo por fim
que o começo ainda não chegou
versos de incômodo
servem para um início
apago por fim
aquilo que ainda partiu
sem dividir, nem somar
permanecem
e o tempo
há de gritar
contra tudo e contra todos
contra tempo
para simplesmente guardaros versos que fiz para mim
respingos de sangue
talvez a façam lembrar
que até mesmo as paredes
se fazem presentes.
Escrevia por mania
foi chamada de maníaca
algumas das vezes chorou
outras vezes sentiu um prazer demoníaco
então, continuou.
Posto que
vanguarda nada
artistas do pós tudo
não fazem nada
confundem-se
fundem-se
ao real
imaginário.
O absurdo
do cotidiano
causa traumas
ao longo dos anos
o absurdo da fantasia
é um remédio
que anestesia.
AFORISMOS FILOSÓFICOS: Diga-me com quem andas que te direi qual Maria és.
Escrevo por mim mesma
versos de conforto
escrevo por fim
que o começo ainda não chegou
versos de incômodo
servem para um início
apago por fim
aquilo que ainda partiu
sem dividir, nem somar
permanecem
e o tempo
há de gritar
contra tudo e contra todos
contra tempo
para simplesmente guardaros versos que fiz para mim
terça-feira, 7 de agosto de 2007
Novos mandamentos das Divas
11º - Diva não se arruma, lança tendência.
12º - Diva não perde a consciência, entra em latência.
Os demais preceitos, elaborados por nossa digníssima colaboradora, Charlene:
1- Uma Diva necessariamente adora outras Divas. Não há monoteísmo porque Diva não disputa, Diva faz parceria.
2- Não pronunciarás em vão palavrões de baixo calão. A não ser que seja em língua estrangeira (aí é GLAM).*
3- Lembra-te do dia do sábado para glorificá-lo. Balada boa é fundamental. Sábado em casa ninguém merece.
4- Honra tua estirpe! Não farás escândalos. Mãe de Diva sempre diz: “sem birra, hein, mocinha?” Chorar in private está valendo (orvalhar, para ser precisa). Berrar, espernear e implorar estão vetados em qualquer ocasião.
5- Não matarás tempo com losers. Atividades lúdicas estão reservadas à família, amigas e namorado (no caso de haver algum).
6- Cometerás adultério, sim, em caso de merecimento. Mas secretamente (Diva não trai, se vinga).
7- Não roubarás. Mas em caso de pane, alegue cleptomania.
8- Não levantarás falso testemunho, a não ser que a mentira seja branca e o interessado seja lindo.
9- Não desejarás o bofe da próxima exclusivamente se: 1) sua amiga gosta dele (perceba que isso tem a ver com um sentimento, não um relacionamento efetivo); 2) se ele já foi seu e não soube cuidar; 3) se ele tem o hábito de dar mole para qualquer uma.
10- Cobiçarás eventualmente sapatos e bolsas alheias, mas sorrindo elogiarás e perguntarás onde comprar.
* Em situações macabras acionar o modo pausa, apresentar a credencial de Diva e xingar com classe. Por exemplo: seu chefe promove a estagiária que usa a saia mais curta. Diga baixinho: O que é que essa mula alada pensa que está fazendo?
12º - Diva não perde a consciência, entra em latência.
Os demais preceitos, elaborados por nossa digníssima colaboradora, Charlene:
1- Uma Diva necessariamente adora outras Divas. Não há monoteísmo porque Diva não disputa, Diva faz parceria.
2- Não pronunciarás em vão palavrões de baixo calão. A não ser que seja em língua estrangeira (aí é GLAM).*
3- Lembra-te do dia do sábado para glorificá-lo. Balada boa é fundamental. Sábado em casa ninguém merece.
4- Honra tua estirpe! Não farás escândalos. Mãe de Diva sempre diz: “sem birra, hein, mocinha?” Chorar in private está valendo (orvalhar, para ser precisa). Berrar, espernear e implorar estão vetados em qualquer ocasião.
5- Não matarás tempo com losers. Atividades lúdicas estão reservadas à família, amigas e namorado (no caso de haver algum).
6- Cometerás adultério, sim, em caso de merecimento. Mas secretamente (Diva não trai, se vinga).
7- Não roubarás. Mas em caso de pane, alegue cleptomania.
8- Não levantarás falso testemunho, a não ser que a mentira seja branca e o interessado seja lindo.
9- Não desejarás o bofe da próxima exclusivamente se: 1) sua amiga gosta dele (perceba que isso tem a ver com um sentimento, não um relacionamento efetivo); 2) se ele já foi seu e não soube cuidar; 3) se ele tem o hábito de dar mole para qualquer uma.
10- Cobiçarás eventualmente sapatos e bolsas alheias, mas sorrindo elogiarás e perguntarás onde comprar.
* Em situações macabras acionar o modo pausa, apresentar a credencial de Diva e xingar com classe. Por exemplo: seu chefe promove a estagiária que usa a saia mais curta. Diga baixinho: O que é que essa mula alada pensa que está fazendo?
Floradas de agosto sem destino
Dias ensolarados e frescos de agosto, de céu azul sem nuvens e ipês brancos em flor. Perfumes. A cidade fica muda, a espera de algo que está para acontecer, sem prelúdio. Ouço Caetano, lembro de amores passados e me pergunto o que a vida trará nesse agosto. Por mais que tracemos metas, decidamos onde ir, com quem e a que horas, confessemos que a vida tem uma dose imensa de acaso. E se o acaso é ilógico, imprevisível e indefectível, só podemos esperar que de suas confabulações resulte algo de bom. Nem sempre é o que ocorre, como naquela noite em que você sai para tomar uma cerveja com as amigas e dá de cara com o ex no lugar mais comum e que ele nunca vai. Ou ainda, quando você sai pronta para o crime e se perde numa dose de tequila antes que algo aconteça. São escolhas ou nem tanto, mas o quanto podemos dirigir nossas vidas?
Talvez menos do que gostaríamos, mais do que realmente fazemos. Uma dúvida que me vem a mente é, traçando um plano para o meu próprio destino, qual seria a chance real de atingi-lo? Será que estarei em Paris no próximo verão? Solteira? Terminando a pós-graduação?
Bien, o destino de devaneios também se encarrega e enche a nossa vida das melhores histórias. Se não fosse alguns inesperados bons e ruins, os melhores escritores não teriam um desfecho inusitado para suas obras, os filmes não poderiam ter suspense nos momentos entre uma ação e outra e saberíamos exatamente quem entraria pela porta agora ou daqui há dez minutos...
Quando dá errado aquele planejamento de um dia ou de uma noite, tente lembrar que algumas das melhores coisas que aconteceram a você foram resultado do acaso e que para o bem ou para o mal, sem ele a vida seria por demais enfadonha e nada artística.
Talvez menos do que gostaríamos, mais do que realmente fazemos. Uma dúvida que me vem a mente é, traçando um plano para o meu próprio destino, qual seria a chance real de atingi-lo? Será que estarei em Paris no próximo verão? Solteira? Terminando a pós-graduação?
Bien, o destino de devaneios também se encarrega e enche a nossa vida das melhores histórias. Se não fosse alguns inesperados bons e ruins, os melhores escritores não teriam um desfecho inusitado para suas obras, os filmes não poderiam ter suspense nos momentos entre uma ação e outra e saberíamos exatamente quem entraria pela porta agora ou daqui há dez minutos...
Quando dá errado aquele planejamento de um dia ou de uma noite, tente lembrar que algumas das melhores coisas que aconteceram a você foram resultado do acaso e que para o bem ou para o mal, sem ele a vida seria por demais enfadonha e nada artística.
quarta-feira, 11 de julho de 2007
Paraty: um sonho vivo
Neste final de semana de Festa Literária de Paraty, cidade idílica, muito sol e um ventinho pronto para refrescar os pensamentos, cervejas geladas, frutos do mar e doces típicos, baianos e portugueses: brasileiros.
Vale anotar aí o restaurante Paraty, com iguarias muito bem feitas e a porção de lula a doré perfeita.
De literatura, para todos os gostos, fico com as falas do Nelson Motta e Arnaldo Jabor sobre Nelson Rodrigues. Ambos conheceram o dramaturgo, romancista e frasista intimamente, a ponto de imitá-lo diversas vezes durante a explanação, o que deu um tom irônico e muito gostoso às apresentações, que por tratarem de Nelson, por si só, já seriam muito interessantes.
Crítico ferrenho da classe média, contador das tragédias transcorridas no seio familiar, relator da vida na zona norte carioca nos anos 50 em diante, cronista de futebol e frasista impagável, Nelson Rodrigues choca e deixa ferida aberta em nossos corações, dilacera membros e relações, nos aborda sem pudores, mostrando o óbvio, o simples, descaradamente. Por isso, tão intrigante e atraente. Do que seremos capazes, do que vivemos, do que sonhamos, do que desejamos. Tudo e o passar dos limites estão presente em seus textos, vividos em suas peças.
Ai que delícia Nelson Rodrigues! Mais brasileiro impossível. A vida como ela é.
Com a palavra, Nelson, sobre o amor:
O que é amor? Nelson, para você, o que é amor?
Sou uma das raras pessoas das minhas relações que acredita no amor eterno. Já escrevi mil vezes: todo amor é eterno e, se acaba, não era amor. O amor não morre - vivo eu dizendo. Morre o sentimento que é, apenas uma imitação do amor muitas vezes uma maravilhosa imitação do amor.
Diz Oswaldinho, na minha peça Anti-Nelson Roddrigues: “Quando eu a vi, senti que não era a primeira vez, que eu a conhecia de vidas passadas.” Isso quer dizer que só quem ama conhece a eternidade. Isso é romantismo de maneira despudorada. Isso é amor. Sou uma alma da Belle Époque e de vez em quando me pergunto o que é que estou fazendo em 1974.
Mas Nelson, não haverá má fé inconsciente na idéia de que se o amor não é eterno ele não era amor?
O amor eterno pode parecer, de fato, uma justificativa de todas as infidelidades. Procurando o seu amor eterno, o homem não seria fiel a ninguém. Acontece que eu já confessei que nunca fui fiel e considero isso uma mácula que tenho quase como um estigma físico. Mas conheço vários casos de amor eterno.
Um deles: o de meu irmão Mário pela minha cunhada Célia. Morreu Mário e Célia matou-se, para segui-lo. Outro caso: O da minha tia Iaiá pelo meu tio Chico. Este era por assim dizer um bêbado nato e hereditário. Mesmo sem beber, continuava embriagado. Era um homem que, nas suas crises de alcoólatra, enfrentava a polícia montada, derrubando cavalos e enfrentando a multidão. Mas era só Iaiá aparecer para que aquele possesso, de repente e mansamente, saísse atrás dela. Nunca Chico elevou a voz para Iaiá. Sempre foi o homem magnetizado pelo amor: era diante dela um menino patético e tão órfão. Aos 80 anos, ele era um namorado bêbado, mas namorado. E assim ele morreu e assim ela morreu com o amor que continua para além da vida e para além da morte, como Mário e Célia.
E o sexo, não faz parte do amor?
Eu acho o sexo uma coisa tranqüilamente maldita, a não ser quando se dá este acontecimento inacreditável, do sujeito encontrar o amor. Mas um sujeito precisa de quinze encarnações para viver um momento de amor. Porque a mulher amada, nada a obriga a estar na cidade onde a gente mora, a cruzar o nosso caminho. De forma que encontrar a mulher amada é um cínico e deslavado milagre. Então o sujeito não tem o direito de usar o sexo a não ser por amor. E dizer que isto é uma necessidade é uma das maiores burrices que se pode imaginar, porque a gente argumenta, quando fala nesta necessidade, como se o homem fosse o Boogie Woogie, um cachorro da vizinhança que namorava uma cadelinha que eu tinha. O Boogie-Woogie, em certo período, vinha para o meio da rua e ali ficava, os carros passando e o atropelando, e ele lá, firme, enquanto a cadelinha, presa na varanda, ficava olhando. O Boogie-Woogie sim, precisava. Nós não: precisamos é de amor. Eu digo isto como um homem que usou com certa freqüência e que criou esta falsa necessidade de uma atividade sexual normal, que eu não considero normal coisíssima nenhuma.
terça-feira, 3 de julho de 2007
De coxinha e croquete
Campinas, cidade grande, vezes provinciana, conserva algumas iguarias de variações de salgados comuns como a coxinha de carne seca do Bar do Jair (Barão Geraldo), vale a pena conferir com o molho picante do local, algo indefinível, de cor laranja, mas muito bom mesmo. Já a coxinha mais tradicional pode ser degustada no Bar da Coxinha, também no distrito baronense, excelente qualidade e tempero caseiro. Já de croquete, não há como negar a supremacia do Giovanetti, que serve o aperitivo com o nome de rolha - simplesmente perfeito, na medida. Mas se de coxinha e croquete os campineiros não podem reclamar, vejamos o que pensam nossos admiráveis personagens do blog.
Miguel chega mais uma vez na padoca em frente ao trampo e se depara novamente com Luiza. Já tinha visto ela ali umas duas vezes, mas aquele dia ela realmente estava bonita demais. Saia preta, meia calça, um look inverno, sóbrio, mas indefectível. E na padoca, ela se destacava: cabelos longos encaracolados nas pontas, castanhos como os olhos. O que era aquilo? Ela de ladinho meio sentada na banqueta do balcão, era alarmante.
Tentava disfarçar, mas seu olhar estava preso.
Só lhe sobrava a opção de tentar algum contato, mas ela estava meio aérea, pensando n'alguma coisa. Continuava olhando-a fixamente.
Eis que o Júlio, por trás do balcão percebeu, olhou pra ela, olhou pra ele, olhou pra ela de volta. E ela se virou pra ver o que era. Que vergonha! Oh cara indiscreto, mas estava feito. Ela virou, ele sorriu, ela sorriu de volta, sem grandes indicações de afetividade, mas um sorriso é sempre um sorriso, mesmo que seja um meio riso de bom dia.
Nada tinha a perder, a não ser mais um pouco de dignidade, foi até ela.
- Ôpa, tudo bem?
- Oi... tudo.
- Acho que eu já vi você aqui umas vezes, eu trabalho aqui perto e você?
- Aqui em frente, no escritório de advocacia.
- Ah, legal.
- Posso sentar aqui?
- Claro, mas eu já estou de saída, tenho que voltar para o escritório.
- Beleza. É... você é daqui de Campinas mesmo?
- Sou sim.
- Hum, e você curte ir aonde?
- Ah, eu vou muito em bares com música ao vivo. Mas não tenho saído muito, estou na correria terminando uma especialização. Sabe como é!
- SEi. Olha só. Tô vendo você aqui comendo essa coxinha e pensei, eu também adoro isso, como sempre. Mas sabe que tem uma realmente especial num bar que eu conheço? Você deveria experimentar.
- Ah é? Mas ir num bar pra comer coxinha... realmente é diferente!
- Não, mas essa coxinha é excepcional. Os caras têm de carne seca, frango, camarão, de catupiry, é um absurdo! Olha só, eu vou lá sempre. Você tá a fim de conhecer? Eu te levo lá. É num bar bem legal em Barão...
- Legal... mas eu nem te conheço direito...
- Prazer Miguel, sou publicitário, trabalho aqui na agência do lago, tenho 28 anos, solteiro, campineiro, faço pós na GV, moro no Castelo...
- Nossa, a ficha toda!
- E você?
- Ah, sou Luiza, prazer.
- E o seu telefone?
- Risos
- É sério, vou te ligar e a gente vê se você tem um tempinho para experimentar a coxinha, você vai adorar...
- Essa foi inédita!
- Não é?
- Anotaí então...
- Certo.
- Então tá, preciso voltar ao trabalho, tchau.
- Tchau, eu ligo, um prazer te conhecer.
Miguel chega mais uma vez na padoca em frente ao trampo e se depara novamente com Luiza. Já tinha visto ela ali umas duas vezes, mas aquele dia ela realmente estava bonita demais. Saia preta, meia calça, um look inverno, sóbrio, mas indefectível. E na padoca, ela se destacava: cabelos longos encaracolados nas pontas, castanhos como os olhos. O que era aquilo? Ela de ladinho meio sentada na banqueta do balcão, era alarmante.
Tentava disfarçar, mas seu olhar estava preso.
Só lhe sobrava a opção de tentar algum contato, mas ela estava meio aérea, pensando n'alguma coisa. Continuava olhando-a fixamente.
Eis que o Júlio, por trás do balcão percebeu, olhou pra ela, olhou pra ele, olhou pra ela de volta. E ela se virou pra ver o que era. Que vergonha! Oh cara indiscreto, mas estava feito. Ela virou, ele sorriu, ela sorriu de volta, sem grandes indicações de afetividade, mas um sorriso é sempre um sorriso, mesmo que seja um meio riso de bom dia.
Nada tinha a perder, a não ser mais um pouco de dignidade, foi até ela.
- Ôpa, tudo bem?
- Oi... tudo.
- Acho que eu já vi você aqui umas vezes, eu trabalho aqui perto e você?
- Aqui em frente, no escritório de advocacia.
- Ah, legal.
- Posso sentar aqui?
- Claro, mas eu já estou de saída, tenho que voltar para o escritório.
- Beleza. É... você é daqui de Campinas mesmo?
- Sou sim.
- Hum, e você curte ir aonde?
- Ah, eu vou muito em bares com música ao vivo. Mas não tenho saído muito, estou na correria terminando uma especialização. Sabe como é!
- SEi. Olha só. Tô vendo você aqui comendo essa coxinha e pensei, eu também adoro isso, como sempre. Mas sabe que tem uma realmente especial num bar que eu conheço? Você deveria experimentar.
- Ah é? Mas ir num bar pra comer coxinha... realmente é diferente!
- Não, mas essa coxinha é excepcional. Os caras têm de carne seca, frango, camarão, de catupiry, é um absurdo! Olha só, eu vou lá sempre. Você tá a fim de conhecer? Eu te levo lá. É num bar bem legal em Barão...
- Legal... mas eu nem te conheço direito...
- Prazer Miguel, sou publicitário, trabalho aqui na agência do lago, tenho 28 anos, solteiro, campineiro, faço pós na GV, moro no Castelo...
- Nossa, a ficha toda!
- E você?
- Ah, sou Luiza, prazer.
- E o seu telefone?
- Risos
- É sério, vou te ligar e a gente vê se você tem um tempinho para experimentar a coxinha, você vai adorar...
- Essa foi inédita!
- Não é?
- Anotaí então...
- Certo.
- Então tá, preciso voltar ao trabalho, tchau.
- Tchau, eu ligo, um prazer te conhecer.
quarta-feira, 20 de junho de 2007
O umbigo das divas
Sim, nós existimos!
Deixando de lado a brincadeira, voltemos ao debate sobre o "ser" Diva.
Charlene introduziu parâmetros metodológicos,
resta saber: todas se encontram nessa caracterização?
E eles, o que pensam de tudo isso?
Com o cérebro, digo.
Boys, where are you?
Gostaria de acrescentar algo ainda sobre o top 10 da Chá:
Ser diva é confiança!
Claro, porque é imprescindível.
Mesmo nos momentos de fragilidade, alcoolismo ou TPM!!
Então uma nova questão para o debate aqui no Imediatices,
O pessoal tá chegando nos trinta sozinho, logo: Diva envelhece "sozinha"? Ou vai casar e ter filhos?
E os homens, desistiram da família tradicional?
Ou só querem pensar nisso aos 40?
Uma coisa é certa, nós não podemos nos dar o luxo de esperar tanto!
So?
terça-feira, 19 de junho de 2007
OS DEZ MANDAMENTOS DAS DIVAS
Por Charlene
1- Uma Diva necessariamente adora outras Divas. Não há monoteísmo porque Diva não disputa, Diva faz parceria.
2- Não pronunciarás em vão palavrões de baixo calão. A não ser que seja em língua estrangeira (aí é GLAM).*
3- Lembra-te do dia do sábado para glorificá-lo. Balada boa é fundamental. Sábado em casa ninguém merece.
4- Honra tua estirpe! Não farás escândalos. Mãe de Diva sempre diz: “sem birra, hein, mocinha?” Chorar in private está valendo (orvalhar, para ser precisa). Berrar, espernear e implorar estão vetados em qualquer ocasião.
5- Não matarás tempo com losers. Atividades lúdicas estão reservadas à família, amigas e namorado (no caso de haver algum).
6- Cometerás adultério, sim, em caso de merecimento. Mas secretamente (Diva não trai, se vinga).
7- Não roubarás. Mas em caso de pane, alegue cleptomania.
8- Não levantarás falso testemunho, a não ser que a mentira seja branca e o interessado seja lindo.
9- Não desejarás o bofe da próxima exclusivamente se: 1) sua amiga gosta dele (perceba que isso tem a ver com um sentimento, não um relacionamento efetivo); 2) se ele já foi seu e não soube cuidar; 3) se ele tem o hábito de dar mole para qualquer uma.
10- Cobiçarás eventualmente sapatos e bolsas alheias, mas sorrindo elogiarás e perguntarás onde comprar.
* Em situações macabras acionar o modo pausa, apresentar a credencial de Diva e xingar com classe. Por exemplo: seu chefe promove a estagiária que usa a saia mais curta. Diga baixinho: O que é que essa mula alada pensa que está fazendo?
1- Uma Diva necessariamente adora outras Divas. Não há monoteísmo porque Diva não disputa, Diva faz parceria.
2- Não pronunciarás em vão palavrões de baixo calão. A não ser que seja em língua estrangeira (aí é GLAM).*
3- Lembra-te do dia do sábado para glorificá-lo. Balada boa é fundamental. Sábado em casa ninguém merece.
4- Honra tua estirpe! Não farás escândalos. Mãe de Diva sempre diz: “sem birra, hein, mocinha?” Chorar in private está valendo (orvalhar, para ser precisa). Berrar, espernear e implorar estão vetados em qualquer ocasião.
5- Não matarás tempo com losers. Atividades lúdicas estão reservadas à família, amigas e namorado (no caso de haver algum).
6- Cometerás adultério, sim, em caso de merecimento. Mas secretamente (Diva não trai, se vinga).
7- Não roubarás. Mas em caso de pane, alegue cleptomania.
8- Não levantarás falso testemunho, a não ser que a mentira seja branca e o interessado seja lindo.
9- Não desejarás o bofe da próxima exclusivamente se: 1) sua amiga gosta dele (perceba que isso tem a ver com um sentimento, não um relacionamento efetivo); 2) se ele já foi seu e não soube cuidar; 3) se ele tem o hábito de dar mole para qualquer uma.
10- Cobiçarás eventualmente sapatos e bolsas alheias, mas sorrindo elogiarás e perguntarás onde comprar.
* Em situações macabras acionar o modo pausa, apresentar a credencial de Diva e xingar com classe. Por exemplo: seu chefe promove a estagiária que usa a saia mais curta. Diga baixinho: O que é que essa mula alada pensa que está fazendo?
INDIGNADA
Por Charlene*
Ontem recebi um e-mail repassado por um grupo de amigas que aconselhava as mulheres a largarem mão de parecerem fortes. A Danuza Leão veio dizer que os homens “não gostam de mulheres assim, podem até admirar, mas de longe, e não na vida dele”. Fiquei honestamente pensando: que porra é essa? Será que as mulheres estão de verdade se preocupando em “parecer fortes”? Se estão, fazem isso pelos homens ou por si mesmas? Quando eu me vejo fazendo alguma coisa que considero corajosa... em geral faço isso por mim (e é praticamente uma atitude decisiva, depois de já ter feito muito por outras pessoas). Tenho os meus momentos de fragilidade, de tristeza, de saco cheio... mas exerço freqüentemente minha porção focada, racional, segura. Quem é essa mulher forte à qual a Danuza se refere? Que estereótipo é esse que ela define com tanta propriedade? Será que “a mulher forte” (putz, que balela) usa terninho, transa com os caras que quer e os manda embora antes que tenham tempo de fechar o zíper?
Ter alguém ao lado é bom mesmo. E isso acontece bem mais gostoso quando a gente não finge nada, nem pro cara, nem pra gente, nem pras outras divas. A gente não tem de se enquadrar entre as mulheres fortes ou entre as frágeis. A gente gosta de fazer o que tem vontade. Quer ligar? Liga! Quer chorar? Chora! Quer meter um pé na bunda daquele escroto? Meeeete!!!
O texto, pasmem, acaba com um conselho brilhante: “E um conselho às fortes: se quiserem ter um homem na vida, finjam-se de fracas, pois são raros os homens que suportam ter ao lado uma mulher forte”. Eu diria outro palavrão, mas aí meu texto perde a classe. E vocês sabem que classe... é uma coisa que nem a Danuza Leão consegue atingir nos seus melhores momentos.
Para quem quer conferir a Danuza... (http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/danuzaleao/700607.html)
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Ontem recebi um e-mail repassado por um grupo de amigas que aconselhava as mulheres a largarem mão de parecerem fortes. A Danuza Leão veio dizer que os homens “não gostam de mulheres assim, podem até admirar, mas de longe, e não na vida dele”. Fiquei honestamente pensando: que porra é essa? Será que as mulheres estão de verdade se preocupando em “parecer fortes”? Se estão, fazem isso pelos homens ou por si mesmas? Quando eu me vejo fazendo alguma coisa que considero corajosa... em geral faço isso por mim (e é praticamente uma atitude decisiva, depois de já ter feito muito por outras pessoas). Tenho os meus momentos de fragilidade, de tristeza, de saco cheio... mas exerço freqüentemente minha porção focada, racional, segura. Quem é essa mulher forte à qual a Danuza se refere? Que estereótipo é esse que ela define com tanta propriedade? Será que “a mulher forte” (putz, que balela) usa terninho, transa com os caras que quer e os manda embora antes que tenham tempo de fechar o zíper?
Ter alguém ao lado é bom mesmo. E isso acontece bem mais gostoso quando a gente não finge nada, nem pro cara, nem pra gente, nem pras outras divas. A gente não tem de se enquadrar entre as mulheres fortes ou entre as frágeis. A gente gosta de fazer o que tem vontade. Quer ligar? Liga! Quer chorar? Chora! Quer meter um pé na bunda daquele escroto? Meeeete!!!
O texto, pasmem, acaba com um conselho brilhante: “E um conselho às fortes: se quiserem ter um homem na vida, finjam-se de fracas, pois são raros os homens que suportam ter ao lado uma mulher forte”. Eu diria outro palavrão, mas aí meu texto perde a classe. E vocês sabem que classe... é uma coisa que nem a Danuza Leão consegue atingir nos seus melhores momentos.
Para quem quer conferir a Danuza... (http://www.opovo.com.br/opovo/colunas/danuzaleao/700607.html)
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segunda-feira, 18 de junho de 2007
POEMINHA ROMÂNTICO
de Ciça Gomes
POEMINHA ROMÂNTICO (de alguém que ainda não é diva)
vou te contar um conto:
no canto escurono
canto denso e profundo
encontrei um pontoligação
sublime entre
meu canto e o seu
conto como canto
sem métrica e sem fim
conto com a poesia nossa
de cada dia
não caias em tentação
contentamentono contratempo
contando
contos
contando pontos
contrapontos
a favorde uma rima obvia
aqui negada
contestação
contento-me
com um ponto inicial!
15 de Junho de 2007
POEMINHA ROMÂNTICO (de alguém que ainda não é diva)
vou te contar um conto:
no canto escurono
canto denso e profundo
encontrei um pontoligação
sublime entre
meu canto e o seu
conto como canto
sem métrica e sem fim
conto com a poesia nossa
de cada dia
não caias em tentação
contentamentono contratempo
contando
contos
contando pontos
contrapontos
a favorde uma rima obvia
aqui negada
contestação
contento-me
com um ponto inicial!
15 de Junho de 2007
segunda-feira, 11 de junho de 2007
O que sonham as Divas
Na madrugada fria, o que sonham as divas?
Isabelle, magra, alta, 27 anos, formada em Letras, professora universitária. Experiente no amor, topa tudo. Esta noite sonha com um homem mais velho, seguro, pronto para fazê-la esquecer as relações mal resolvidas. Ele quer apenas o que ela pode lhe dar, sexo puro, intenso, livre de amarras, livre de tabus, livre de cobranças. Ele também está inteiro ali para ela, porque ele não tem preocupações. Tudo flui intensamente.
Luana, estatura mediana, 25 anos, bióloga, assistente de laboratório na Universidade. Joga capueira e faz yôga, cozinha e adora programas esportivos. Esta noite sonhou que estava com pouca roupa dentro da câmara fria do laboratório. Seu orientador vem lhe socorrer, lhe empresta o jaleco e repreende por não estar atenta às necessidades da labuta. Pensa bem, recorre ao aquecedor da sala. Lembra de Raul, banho de sol, mar, ondas curtas e muito amor no último verão antes que ele voltasse para a Califórnia. Nada mais perfeito do que um profundo amor de verão com hora marcada para acabar.
Marcela, 23 anos, socióloga. Trabalha em uma ONG ambientalista e faz mestrado. Ama Miguel, que ama Rafaela. Já esteve com ele duas vezes, o sufiente para não conseguir esquecê-lo. E antes dele, Antônio, que também lhe deixou uma ferida aberta no peito. Do que teriam tanto medo os rapazes de sua idade quanto a envolvimento e um relacionamento estável? Parece que todas as mulheres que conhece sabem exatamente o que querem, enquanto os caras ficam sempre patinando e dando em nada. Esperava ansiosamente o final de semana para que, quem sabe, encontre uma pessoa diferente, que a libertará dessa prisão que é gostar de alguém sem ser retribuída. Esta noite sonhou com Miguel, tomando um sorvete de chocolate. O sorvete lhe escorreu pelos dedos e ela vai ajudá-lo com um guardanapo. Ele agradece, sorri como sempre
e lhe dá as costas. Uma menina observa tudo.
Vanessa, 24, professora de educação física, cabelos com mechas loiras. Sonha que está com seu pai e irmão num barquinho de borracha. Os três indo por um rio largo pescar, como faziam em sua infância. Ela observa a margem, as árvores que quase caem dentro do rio. Alguns pássaros que pousam nas copas, outros que sobrevoam a água.
Um susto. Um jacaré que mergulha e ela pensa que não gostaria de estar ali num barco de borracha. Sonha mais. Sonha com José na barraca de lona. O cheiro de lona quente junto com o suor dele e dela, tudo denso, tudo úmido, tudo ferve como a sua pele.
Taís, designer, 28 anos, cabelos negros, encaracolados na altura dos ombros. Recém chegada de Barcelona. Sonha com Vitor, sonha acordada com um amor muito rápido e abandonado. Carnal, visceral, espanhol, fugidio. Mal o conheceu já foram para a cama. E os diálogos foram poucos e curtos demais. Ele a tocava, ela retribuía, nada mais houve a não ser quatro ou cinco encontros num quarto da faculdade. Ele demonstrava afeto e um mundo de possibilidades, mas logo no seu olhar era o vazio. Suspira, que bom que foi, que pena, que coisa!
Estela, 25, advogada. Olhos e cabelos castanhos, lisos, longos até a metade das costas. Adora o que faz, mas não consegue progredir no escritório. Sonha com uma promoção. Devoradora de homens, não consegue ainda se envolver profundamente, mas queixa-se de homens interessados apenas em seu corpo, lindo. Vê nisso um erro de postura próprio, porém ainda não toca o âmago do problema... Viaja aos finais de semana para a praia sempre que possível. Torra no sol e sonha com um moreno lindo, forte, de olhos negros, que chega na areia para conversar sobre filmes e livros. Ela está surpresa e empolgada, decide dar uma chance a algo mais pleno. Acorda com as picadas de mosquito na nádega esquerda e lembra que o moreno do sonho já foi experimentado e riscado da sua agenda telefônica do celular, do MSN e do Orkut.
As divas quase balzaquianas têm esperanças e sonham com uma perplexidade, um arrebatamento, um pulsar mais forte que não termine em lástima, em gosto amargo ou vergonha de acordar no outro dia. As divas são lindas, inteligentes, certas do que precisam, mas pouco compreendidas. As divas se arrumam, se armam, conversam entre si e têm a certeza de que algo melhor surgirá qualquer dia desses. As vezes ficam mal humoradas pela espera, pelo peito vazio de uma grande paixão no presente.
Onde será que estarão as suas metades? Se é que elas existem! Mas ao menos, onde estarão aqueles gatos, inteligentes, bem sucedidos, bem intensionados e muito bons de cama que elas ambicionam, sonham, imaginam?
Basta um olhar, um sorriso, uma fala não, ou pouco, premeditada, mas certeira, para que elas sejam conquistadas. É tão difícil arrebatar uma Diva?
Se você tem um sonho ou sugestão de como arrebatar uma diva, escreva nesse blog!
Isabelle, magra, alta, 27 anos, formada em Letras, professora universitária. Experiente no amor, topa tudo. Esta noite sonha com um homem mais velho, seguro, pronto para fazê-la esquecer as relações mal resolvidas. Ele quer apenas o que ela pode lhe dar, sexo puro, intenso, livre de amarras, livre de tabus, livre de cobranças. Ele também está inteiro ali para ela, porque ele não tem preocupações. Tudo flui intensamente.
Luana, estatura mediana, 25 anos, bióloga, assistente de laboratório na Universidade. Joga capueira e faz yôga, cozinha e adora programas esportivos. Esta noite sonhou que estava com pouca roupa dentro da câmara fria do laboratório. Seu orientador vem lhe socorrer, lhe empresta o jaleco e repreende por não estar atenta às necessidades da labuta. Pensa bem, recorre ao aquecedor da sala. Lembra de Raul, banho de sol, mar, ondas curtas e muito amor no último verão antes que ele voltasse para a Califórnia. Nada mais perfeito do que um profundo amor de verão com hora marcada para acabar.
Marcela, 23 anos, socióloga. Trabalha em uma ONG ambientalista e faz mestrado. Ama Miguel, que ama Rafaela. Já esteve com ele duas vezes, o sufiente para não conseguir esquecê-lo. E antes dele, Antônio, que também lhe deixou uma ferida aberta no peito. Do que teriam tanto medo os rapazes de sua idade quanto a envolvimento e um relacionamento estável? Parece que todas as mulheres que conhece sabem exatamente o que querem, enquanto os caras ficam sempre patinando e dando em nada. Esperava ansiosamente o final de semana para que, quem sabe, encontre uma pessoa diferente, que a libertará dessa prisão que é gostar de alguém sem ser retribuída. Esta noite sonhou com Miguel, tomando um sorvete de chocolate. O sorvete lhe escorreu pelos dedos e ela vai ajudá-lo com um guardanapo. Ele agradece, sorri como sempre
e lhe dá as costas. Uma menina observa tudo.
Vanessa, 24, professora de educação física, cabelos com mechas loiras. Sonha que está com seu pai e irmão num barquinho de borracha. Os três indo por um rio largo pescar, como faziam em sua infância. Ela observa a margem, as árvores que quase caem dentro do rio. Alguns pássaros que pousam nas copas, outros que sobrevoam a água.
Um susto. Um jacaré que mergulha e ela pensa que não gostaria de estar ali num barco de borracha. Sonha mais. Sonha com José na barraca de lona. O cheiro de lona quente junto com o suor dele e dela, tudo denso, tudo úmido, tudo ferve como a sua pele.
Taís, designer, 28 anos, cabelos negros, encaracolados na altura dos ombros. Recém chegada de Barcelona. Sonha com Vitor, sonha acordada com um amor muito rápido e abandonado. Carnal, visceral, espanhol, fugidio. Mal o conheceu já foram para a cama. E os diálogos foram poucos e curtos demais. Ele a tocava, ela retribuía, nada mais houve a não ser quatro ou cinco encontros num quarto da faculdade. Ele demonstrava afeto e um mundo de possibilidades, mas logo no seu olhar era o vazio. Suspira, que bom que foi, que pena, que coisa!
Estela, 25, advogada. Olhos e cabelos castanhos, lisos, longos até a metade das costas. Adora o que faz, mas não consegue progredir no escritório. Sonha com uma promoção. Devoradora de homens, não consegue ainda se envolver profundamente, mas queixa-se de homens interessados apenas em seu corpo, lindo. Vê nisso um erro de postura próprio, porém ainda não toca o âmago do problema... Viaja aos finais de semana para a praia sempre que possível. Torra no sol e sonha com um moreno lindo, forte, de olhos negros, que chega na areia para conversar sobre filmes e livros. Ela está surpresa e empolgada, decide dar uma chance a algo mais pleno. Acorda com as picadas de mosquito na nádega esquerda e lembra que o moreno do sonho já foi experimentado e riscado da sua agenda telefônica do celular, do MSN e do Orkut.
As divas quase balzaquianas têm esperanças e sonham com uma perplexidade, um arrebatamento, um pulsar mais forte que não termine em lástima, em gosto amargo ou vergonha de acordar no outro dia. As divas são lindas, inteligentes, certas do que precisam, mas pouco compreendidas. As divas se arrumam, se armam, conversam entre si e têm a certeza de que algo melhor surgirá qualquer dia desses. As vezes ficam mal humoradas pela espera, pelo peito vazio de uma grande paixão no presente.
Onde será que estarão as suas metades? Se é que elas existem! Mas ao menos, onde estarão aqueles gatos, inteligentes, bem sucedidos, bem intensionados e muito bons de cama que elas ambicionam, sonham, imaginam?
Basta um olhar, um sorriso, uma fala não, ou pouco, premeditada, mas certeira, para que elas sejam conquistadas. É tão difícil arrebatar uma Diva?
Se você tem um sonho ou sugestão de como arrebatar uma diva, escreva nesse blog!
sábado, 9 de junho de 2007
Uma relação pornográfica
Neste drama francês, um casal se conhece através de um anúncio e passa a se encontrar toda a semana, tentando estabelecer uma relação para satisfação sexual sem envolvimento emocional. Será isto possível?? Confira e reflita! Opiniões e digressões são bem vindas.
França, 1999, direção de Frédéric Fonteyne.
França, 1999, direção de Frédéric Fonteyne.
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Une Dame
Falava ao telefone com Isabelle
quando a vidraça foi estilhaçada por um tijolo
sobre a pedra um bilhete
meio rasgado
onde leu:
-Nunca mais você vai se arrepender!
E como promessa escrita
é quase lei
ela foi ao trabalho
escreveu notas fúnebres
bebeu café às quatro
sorriu a um colega
ligou para a mãe
passou na padaria e comeu um croissant
e não acordou no outro dia
quando a vidraça foi estilhaçada por um tijolo
sobre a pedra um bilhete
meio rasgado
onde leu:
-Nunca mais você vai se arrepender!
E como promessa escrita
é quase lei
ela foi ao trabalho
escreveu notas fúnebres
bebeu café às quatro
sorriu a um colega
ligou para a mãe
passou na padaria e comeu um croissant
e não acordou no outro dia
Indicação
Pra quem curte música boa, variada e cult, muitas vezes, acessa a rádio Ipanema de Porto Alegre, quando a banda é larga e não há muuuita variação, dá pra ouvir muita coisa legal e até um rock gaúcho com sua peculiaridade. www.ipanema.com.br
No sense love
O coração bate forte
as lembranças páram no estômago
numa noite fria enluarada
antes tivesse tudo acabado
mais ainda sumido daquele peito
todavia valeu mais o sofrimento
tendo a vida sido vivida
Nos seus sonhos
o retorno
na alegria e na tristeza
de promessas não cumpridas
desgastadas pelo tempo
que não volta mais
ainda bem!
as lembranças páram no estômago
numa noite fria enluarada
antes tivesse tudo acabado
mais ainda sumido daquele peito
todavia valeu mais o sofrimento
tendo a vida sido vivida
Nos seus sonhos
o retorno
na alegria e na tristeza
de promessas não cumpridas
desgastadas pelo tempo
que não volta mais
ainda bem!
quinta-feira, 24 de maio de 2007
Pernas de Itamambuca
Ai que saudade que eu tenho da Bahia!
De todos os santos,
mas
mais ainda de Itamambuca
e seus encantos!
Pra esquentar um pouco esse friozinho, vai aí um gostinho do verão passado em ótimas companhias, risos e paisagens de Itamambuca,
In Maloka, lugar ideal,
felizmente conhecido e dividido por tanta gente boa, novos amigos, tuuudo de bom reunido!
Beijos a todos os malokeiros e malokeiras de plantão
e fica a dúvida, nessa madrugada fria, o que sonharão as Divas?
Corpo frio, alma quente!
Nessa quinta-feira nebulosa e fria o momento é de dar mais um gás nas atividades até o final de semana que promete. Teremos kraft na sexta à noite (será? - acho que é uma boa...) e kabana no sabadão com direito a DJ Jaula em sua despedida do Brasil...
Enquanto isso vivamos mais um pouco da nossa rotina regada à carne de porco assada de ontem e tapioca da feira da praça Bento Quirino, Rua Barão de Jaguara, disponível todas as quintas e sextas-feiras. A Feira ainda reserva gratas surpresas aos afixionados pelo açúcar: balas de côco caseiras, com ou sem nozes (simplesmente fantásticas) e produzidas por uma jovem senhora muito simpática e bom astral e logo em frente morango do nordeste, aquele morango envolto em leite condensado e chocolate, muito bom também. Para quem gosta, também tem pastéis e salgados diversos. Vale a pena conferir as iguarias do centro da cidade, em frente a prédios históricos - o Jóquei Clube e a Igreja do Carmo e o monumento-túmulo de Carlos Gomes.
A boa de hoje foi a tradicional tapioca com côco e leite condensado, que de manhã, só eu para encarar!
Enquanto isso vivamos mais um pouco da nossa rotina regada à carne de porco assada de ontem e tapioca da feira da praça Bento Quirino, Rua Barão de Jaguara, disponível todas as quintas e sextas-feiras. A Feira ainda reserva gratas surpresas aos afixionados pelo açúcar: balas de côco caseiras, com ou sem nozes (simplesmente fantásticas) e produzidas por uma jovem senhora muito simpática e bom astral e logo em frente morango do nordeste, aquele morango envolto em leite condensado e chocolate, muito bom também. Para quem gosta, também tem pastéis e salgados diversos. Vale a pena conferir as iguarias do centro da cidade, em frente a prédios históricos - o Jóquei Clube e a Igreja do Carmo e o monumento-túmulo de Carlos Gomes.
A boa de hoje foi a tradicional tapioca com côco e leite condensado, que de manhã, só eu para encarar!
terça-feira, 22 de maio de 2007
Contemporaneidades e vaidades
Nada mau começar um blog pura e simplesmente para falar do dia-a-dia, utilizando esta ferramente fantástica que é a web, para entreter a si mesmo, desabafar e quem sabe, ouvir de outros loucos algo sobre suas peripécias confessas, indiscretas ou não.
Bienvenue ao mundo de iMEDIAtices, algo tão comum como todos os mundinhos mundanos de cada um pode ser, ou tão incomum também, já que de perto, ninguém é normal!
Vejamos então o que o dia de hoje nos reserva: Chuva em Campinas, paralisação dos professores da rede municipal, com direito a fechamento da principal avenida da cidade em pleno horário de rush...
Frio começando a pegar, ótimo, porque começa a dar aquele cheiro de festa junina e fondue no ar...
Cuidados especiais com a balança, tendo em vista que o clima nos inclina a comer mais e se mexer menos...
Ver muitos filmes a base de pipoca e chocolate... de preferência quente com gemada e conhaque, segue receita! risos
Bata em uma caneca grande 1 gema com 1 colher de sopa de açúcar até ficar clara.
Acrescente 2 colheres de chocolate em pó
Despeje um copo de leite fervendo
E voilá!
1 dose de conhaque.
Fique quente e gordo, caso esteja desacompanhado, se acompanhado, aproveite para queimar as calorias na sequência e dispensar o edredom...
Para quem acata uma indicação de filme para a semana, vejam "Filhos da esperança", violência, ficção científica e reflexão sobre por onde estamos caminhando...
Fico por aqui, continuando nosso blogspot publitions num próximo encontro!
Bienvenue ao mundo de iMEDIAtices, algo tão comum como todos os mundinhos mundanos de cada um pode ser, ou tão incomum também, já que de perto, ninguém é normal!
Vejamos então o que o dia de hoje nos reserva: Chuva em Campinas, paralisação dos professores da rede municipal, com direito a fechamento da principal avenida da cidade em pleno horário de rush...
Frio começando a pegar, ótimo, porque começa a dar aquele cheiro de festa junina e fondue no ar...
Cuidados especiais com a balança, tendo em vista que o clima nos inclina a comer mais e se mexer menos...
Ver muitos filmes a base de pipoca e chocolate... de preferência quente com gemada e conhaque, segue receita! risos
Bata em uma caneca grande 1 gema com 1 colher de sopa de açúcar até ficar clara.
Acrescente 2 colheres de chocolate em pó
Despeje um copo de leite fervendo
E voilá!
1 dose de conhaque.
Fique quente e gordo, caso esteja desacompanhado, se acompanhado, aproveite para queimar as calorias na sequência e dispensar o edredom...
Para quem acata uma indicação de filme para a semana, vejam "Filhos da esperança", violência, ficção científica e reflexão sobre por onde estamos caminhando...
Fico por aqui, continuando nosso blogspot publitions num próximo encontro!
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