Cecília escorregou pela cachoeira, empoçou em Pocinhos
Juliana e Renata foram passar calor em Cabo Frio, preferiram Búzios
Karina em Caldas, novidades? Saudade!
Ana voa longe, nos maiores recifes contará as unhas vermelhas biquíni
Bia vai ver o Cristo abrir os braços para o ano novo
Gisele nos sete mares, vai rainha, vai render
Aline me escreve, Catarina ensaia a cena
Devagar com o andor, ainda faltam meses!
Suzana espera, Camila tira férias, Vivian escolhe a decoração
Fernanda está em lua de mel
Carol faz anos, Fabiana corre, Marília morre de vontade de chegar no avião
Cristina toma um sol, Vera ri pro rebento, Luana samba um momento
Charlene nos faz apertar de novo o coração
Deia mostra os presentes, Mari faz os convites
Renatas, Julianas, Fabianas, todas elas
Estão na espera
O ano novo chega para todas
Cada uma na sua janela
Vamos ver elas
Rezarem a lenda, darem a volta por cima, encontrar os amores, os dissabores, cantar aquela canção
Chorar mais um pouquinho, tomar aquele chopinho, balançar no batidão
Vamos Marias!
Vamos Luciana, Ariane!
Vamos Margarete, vamos Vielka!
Que o ano é novo, as amizades são as mesmas
Que nos levam o tempo, o passado,
O olhar nos olhos das amigas que guardam nosso sofrimento
Guardam nossas fantasias, nossas risadas, guardam cada momento
Dividido, vivido, curtido, sentido
Nesse andar que junto é uma vida imensa
Partilhada como colcha de retalhos
Como imensidão de identificação nas diferenças
No amor, na fé, na mão que segura, no ombro que acolhe, no abraço apertado
Com pulinhos e gritos que nunca se perderão!
correu girou dançou loucamente na chuva a roupa branca colou no corpo rodopiou feito pião ria dançava seus cabelos subiam como balão abriu os braços e desapareceu
Vou dançar nas ondas do mar
E te enlaçar com minhas pernas
Vou jogar os braços pro ar
E você me girará lentamente
Te abraço
Calor e frio, corpos molhados
Somos um, somos bolhas n’água
Serpenteando juntos
Sorrindo, beijando
Abraço com vácuo
Sou leve
Me carregue
Bóio como vitória régia
Bolhas brancas como véu de noiva
No horizonte o amor
No abraço não há começo, não há fim
A energia é una
O céu, o sol, o mar infinito
Não há suor, não há solidão
A tarde nos coroa, dá vazão
Nossa escolha
Sentir, subir à tona
A paixão
ainda te sinto
sorrindo pra mim
cheirando meus cabelos
me segurando pelo pescoço, por trás
sua mão
é conforto
e alguma segurança
ando pela cidade
chuva fina
algo de caótico e poético
se instaura no ar
entre as luzes de natal
as obras
as buzinas das motocicletas
o anonimato e a multidão
há os amigos
há crianças vibrando
rindo
há o eco dos corais
há vitrines majestosas
há um passear entre gente que corre
observo a avenida
ando sozinha
pensando em você do meu lado
me contando histórias do passado
segurando de novo a minha mão
enquanto o tempo fica congelado
um instante, um pensamento
e tudo volta a se mexer
sigo em passos automáticos
ziguezagueando entre as poças
em casa me espera
um retrato e o anoitecer
Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero...
(Álvaro de Campos )
Comer Rezar Amar
Alguma crítica
Fui assistir ontem, no auge dos meus 29 anos, ao filme Comer Rezar Amar, com uma grande amiga. Apesar de algumas boas gafes do filme, como um ator notadamente castelhano, como Javier Bardem, no papel de um brasileiro e com um português risível; as entradas nada naturais de músicas brasileiras bossa nova sempre que o personagem aparece; a citação no filme de que os brasileiros homens costumam beijar na boca homens da mesma família (nunca vi isso na minha vida, alguém já??); além do choro e fragilidade exacerbada de quase todos personagens masculinos do filme; o filme é bom em vários aspectos e me trouxe diversas reflexões que gostaria de compartilhar. Fica a crítica à falta de pesquisa antropológica de Hollywood. Gente, se vamos falar de outra cultura, não custa nada dar uma mínima pesquisada pra isso, não?
Paisagens de encher os olhos, a Itália das artes, do entusiasmo, da gastronomia, do comer bem, do prazer. A Índia das cores, dos tecidos, dos adereços, da busca pela iluminação. Bali com suas belezas naturais e a simplicidade sustentável da vida na ilha. Acredito que muitas pessoas já tenham pensado em fugir dos problemas de suas vidas fazendo uma bela viagem. Algumas não têm condições financeiras para encarar esta “terapia”, para outras falta coragem. É interessante assistir, no filme Comer Rezar Amar, o quanto qualquer viagem pode ser transformadora, somente pela mudança de ambiente, por conhecer novas pessoas e paisagens, simplesmente. A busca da personagem, no entanto, era mais longa: visava o auto-conhecimento, a libertação.
Essa busca, muitos de nós encara pela vida toda. Ela teve a sorte de encontrar entre amores, dissabores, amigos e desconhecidos, alguns gurus. Essa sorte realmente é bastante ímpar na biografia da escritora Elizabeth Gilbert, interpretada por Julia Roberts. As angústias da vida moderna, de não estarmos exatamente no lugar onde gostaríamos de estar, de não termos realizado um feito extraordinário, de não termos nosso nome numa placa, na capa das revistas, de um livro; os quinze minutos de fama, muito dinheiro, um amor avassalador para o resto da vida, filhos perfeitos... A angústia da protagonista nos causa identificação, porque todos nós vivemos decepções amorosas, acreditamos nos contos de fadas nos quais o amor é para sempre e não traz os problemas da convivência; onde não existe amargura, rancor, arrependimento. E a culpa, tão bem retratada pelos personagens.
Interessante para mim também foram algumas mensagens levantadas pelos questionamentos da protagonista. Liz chega às ruínas em Roma e escreve para seu ex-namorado expressando que não devemos manter-nos em uma situação de desconforto por medo de nos arruinarmos. Ela acredita na importância da ruína, de destruir algo hoje, para construir algo novo amanhã. Quem de nós não temeu alguma vez essa mudança? A ruína, o sofrimento, o medo do novo, de começar do zero de novo? A metáfora da ruína é fantástica.
Outra predição, do amigo Richard, na Índia, pra mim foi bastante engrandecedora. A de que devemos buscar o perdão de nós mesmos para superar os arrependimentos, e de que não devemos ser auto-piedosos no sentido dramático, apegados aos nossos dramas, mas verdadeiramente buscar o perdão. E quanto aqueles que amamos e deixamos pelo caminho, que devemos não somente buscar o vazio em relação àquelas pessoas, mas devemos amá-las, devemos enviar amor e paz pra essas pessoas, orar por elas, por que não? E assim esquecê-las, superá-las, para poder viver novas experiências. Olhar para o passado com o amor de quem aprendeu com as passagens, com as dinâmicas, com o sofrimento. Com um olhar generoso. A cena da dança no terraço do templo, entre Liz e o ex-marido, é poética.
E a grande mensagem do filme para mim é a amizade. A amizade que nos dá a todo instante uma família, onde quer que estejamos. A solidariedade entre as pessoas, mesmo às mais diferentes. O crescimento pessoal que os relacionamentos de amizade nos trazem, e novamente, a generosidade. Dar para receber e sempre recebemos dos amigos. A amizade no filme é elevada ao status máximo, porque retrata aqueles aos quais escolhemos amar, incondicionalmente, nos dedicamos e acompanhamos por momentos em nossas vidas.
Mesmo aos amigos, que passam pela nossa vida, não devemos ter apego. Devemos compartilhar com eles o presente, sempre que possível, valorizar essa convivência e também saber deixá-la pra trás, muitas vezes, porque a vida é dinâmica e não podemos estar sempre no mesmo tempo e lugar. Que bom que novas amizades surgem e que outras permanecem, se fortalecem. Que podemos reencontrar velhos amigos e conversar como se o último encontro tivesse sido ontem.
A atuação de Richard Jenkins, o veterano ator norte-americano, quase sempre coadjuvante , é outro diferencial do filme e soma-se ao talento dos atores orientais menos conhecidos da trama. Ele dá um verdadeiro show de interpretação no papel de um alcoólatra que busca a redenção na Índia e serve como a mosca da sopa na vida da protagonista - o grilo falante que todos nós agradecemos quando entendemos realmente suas boas intenções por trás da impertinência.
Um brinde com vinho tinto ao filme e às sensações e pensamentos que desperta. Santé!
Comer Rezar Amar
titulo original: (Eat Pray Love)
lançamento: 2010 (EUA)
direção: Ryan Murphy
atores: Julia Roberts , James Franco , Billy Crudup , Viola Davis , Javier Bardem
duração: 133 min
gênero: Drama
Minha pele no seu pelo
Seu pelo no meu cabelo
Meu cabelo no seu joelho
Seu joelho no meu quadril
Meu quadril no seu
Cê em mim
Mim no cê
Querer sem fim
Interior
Esparrama o feijão
Conta cinco grãos
Guarda num saquinho de flanela
Guarda na gaveta
Fe-i-jão
Que nunca mais brotará
Pra guardar a memória
O cheiro
O tempo
Daquela casa de fazenda
De janelas amplas
A luz poente
A poeirinha no feixe de luz
O cheiro amadeirado
O final de abril
Que não volta mais
Regato
Regato
Pedaço de vida
Escorrendo num vale pequeno
Molhando as pedras,
Brotando a relva
O musgo
As serpentes d´água levam
Peixinhos, fluidos, vida microscóspica
Leva as bolhas
Leva os gravetos boiando
As aranhas, ariranhas
Leva o frio, a fresca, leva a bruma baixa,
Leva os vivos e os mortos rio abaixo
E deságua, acaba,
Onde outra vida começa
Professa o rio sua reza
O murmúrio d´água
Acalma
Leva névoa
Leva terra
Lava’lma
Essa é uma ótima da nova música brasileira urbana. Muderna essa mulher! ADOREI. Combina com a primeira cerveja gelada da noite, com o esmalte vermelho no pé, com a risada escancarada entre amigas que não se deixam falar, com a cara de espanto, com um vestido encurtado, com um abraço apertado de um velho amigo, com um cachorro latindo assutado, um surto parado, uma roupa rasgada e o fio da meada.
Girava a menina
giravam os cabelos
giravam as saias rodando
braço na cintura
pés rápidos
tontura boa
sorrisos
vai parando lentamente
céu azul de testemunha
bandeirolas
corre tonta
pros braços da relva
não há mais liberdade
do que o corpo na grama fresca
do que nós dois olhando estrelas
sem limites
te conto uma vergonha de infância
você me ama mesmo assim
seguimos doidos
a rabeira da estrela cadente
espremo os olhos
peço um casamento
lançado o destino
segue o firmamento
sobre nós
o infinito
A literatura sulamericana está em festa. O peruano Mario Vargas Llosa recebeu o maior prêmio mundial de literatura, o Nobel. A obra do autor é marcada pela história e pelos costumes da América Latina, trazendo muitas vezes a discussão política e a crítica às ditaduras. também mostra várias faces biográficas em histórias e romances que contam com a influência do existencialismo e grandes doses de erotismo. Romances como Pantaleão e as Visitadoras, Conversa na Catedral, Tia Júlia e o Escrivinhador, e mais recentemente Travessuras da Menina Má são grandes sucessos do escritor, que também escreveu sobre a realidade brasileira, em A Guerra do Fim do Mundo, sobre a revolta de Canudos. A obra foi dedicada ao escritor Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.
Ativista político, o autor é conhecido por posições de direita e foi candidato à presidência do Peru em 1990. A enciclopédia virtual Wikipedia noticiou: “Em 7 de outubro de 2010 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Literatura pela Academia Sueca de Ciências por sua "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual". O presidente do Peru, Alan García, considerou o prêmio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal"”.
Vencedor de inúmeros outros prêmios de literatura, o autor, de 74 anos é membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutorados honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; pode-se citar os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Em entrevistas à imprensa internacional, o escritor contou com bom humor que acreditou que a notícia do Nobel era um trote: "Estou surpreso e ainda não consigo acreditar", acrescentou. Sobre a importância do acontecido, Llosa enfatizou que "o prêmio também reconhece a importância da literatura latino-americana", e completou: “a liberdade e a democracia são o verdadeiro caminho do progresso, que acredito que seja o papel de um escritor defender".
A Scritta Comunicação empresarial saúda o escritor e indica o livro “As travessuras da menina má”. Nesse romance de Llosa, o protagonista narra sua tragetória entrecortada pelos encontros e desencontros com uma mulher nada comum, entre memórias de infância no Peru na década de 50. A trama, recheada de fatos autobiagráficos, relata uma relação impetuosa entre a esperta e sedutora Menina Má e Ricardito, um tradutor da Unesco. Ao longo do livro, o leitor viaja por lugares famosos do mundo: a França dos anos 60; a Londres entregue ao amor livre dos anos 70; a Tóquio dos grandes mafiosos; e a Madri em plena transição política dos anos 80. O livro é uma verdadeira viagem literária com a qualidade de quem alcança em todos os seus paradoxos a alma humana. Sua leitura é um deleite tanto pela história, como pela narrativa, construída pelo autor com o refinamento da linguagem e das imagens apresentadas. O vencedor do Nobel nos agracia.
Eu queria ter a coragem
De encarar o incerto
O desconhecido
Me libertar das amarras
E surfar nas ondas mexidas do Hawaí
Queria sentir a brisa marítima nos cabelos
E correr de um lado a outro na areia
Vislumbrar o horizonte infinito
Dos confins da terra...
Do mar sem fim
Vou mergulhar nesse sonho
Vou mergulhar nessas bolhas que lambem meu corpo
Vou voltar ao útero
E me dissolver na imensidão
Do sonho
Em mim
Foto de Letícia Feix numa tarde de verão com Cecília Gomes
Não havia nada Só um peixinho dourado Aprisionado numa fonte transparente E uma vitória régia Mas nada será como antes Agora que em tudo vejo poesia Nos nenúfares No ronco do vento balançando os ipês Até nas folhas que rolam secas neste fim de inverno nos arrulhos nos carros que passam ao longe Tudo remonta à cidade viva No meu peito Arfando forte Pulsando em minhas veias Poéticas, Frenéticas Pelo novo Por todas as páginas em branco E todas as letras abismais E todos os espaços entre palavras E reticências que vou usar Para contar esta história Que começa Num suave desespero A-G-O-R-A:
“A Maria que amava o João Cansou da espera na janela Saiu numa passeata Encontrou um francês Foi pro bar Bebeu todas E acordou dotada De todas as cores e advérbios De uma mulher livre”.
ConheçaYael Naim, parisiense criada em Israel, filha de tunisianos, esta diva flok/soul é um bálsamo para os ouvidos, com muita classe!
E linda...
Enquanto isso, ouvindo e pensando num poeminha coroado pelo fim de tarde de sexta-feira, feliz, cansada, com dois pés prontos para alçar o caminho do aconchego, do final de semana e de reencontros.
Sossego
Te beijo Te espero Eu sonho Eu vejo Caminhando entre árvores folhas estalando E a brisa fresca do inverno nos envolve Sorrisos unhas vermelhas laços e fitas não há mais espera só um enlace necessário Let's make it happen! Voilá Bien Sur E no pátio do colégio meninas de trancinhas correm risonhas me lembram dos meus dias de parque de giros e saltos de uma imaginação ilimitada de príncipes e seres alados caminhando entre os álamos de memórias entrecortadas a fragilidade da infância volta num amor pueril Não há como amar sem idealizar? Vamos indo então nessa verde grama me jogo como no sonho nos braços de algodão de todo amor que começa E o fim Não importa...
Queria um arco e flecha para disparar no alto e tentar matar alguns cristãos vãos idiotas aqueles que balançam a mão e não dizem nada Só te calam fundo sem coração aqueles que pensam que um posto é mais que um valor que um dia de verão ai deles! que nos estressam até a última gota de sangue morram pútridos porque deste sofrimento não mais se alimentarão eu laço o meu pescoço e me liberto porque antes morto que escravo vôo ante nuvens e descubro que na atmosfera além de anjos há uma linda visão há um canto profundo já vai o dia e tudo é fluido novas descobertas que me mostram que a inércia não é uma opção
Carpe diem que os dias serão melhores com mais cores e mais amores mais jantares e cítaras mais danças e ideias criativas soprarão de mim agora sem os grilhões que certas presenças me impunham empunho minha adaga e corto as amarras pela última vez
A Scritta, empresa de treinamentos em comunicação empresarial, realiza quarta edição do concurso literário que já virou tradição entre os amantes da boa literatura no Brasil
Terremotos, tsunamis, guerras, mortes, violências, abusos sexuais, alagamentos, falta de valores humanos, epidemias, crueldade: será o fim dos tempos?
O fim do mundo é um mito presente em todas as culturas, transmitido geração após geração pela tradição oral e que pode ser identificado nos escritos mais remotos. Atualmente, não se fala em outra coisa, principalmente por que não só a natureza, mas também o homem tem se mostrado extremamente perverso e vingativo.
Os escritos apocalípticos, com sua linguagem extremamente pessimista, já diziam que o mundo ficaria cada dia pior e que o melhor que poderíamos fazer era esperar o fim. Além disso, por se sentirem totalmente impotente com as forças do mal, raramente se preocupavam com o comportamento ético.
Será mesmo o fim dos tempos? O que tem acontecido com a natureza? E com o homem? Por que tudo perdeu a essência? O que você faria caso o mundo fosse mesmo acabar? Qual a sua visão sobre esses acontecimentos?
Esse ano, o tema do 4º Concurso Dia do Escritor é esse: Será o fim dos tempos?
Estão abertas as inscrições para o concurso. Quer participar? Então veja a seguir quais serão as regras.
Serão aceitos contos e crônicas, que deverão ser enviados pelo site com o assunto: "Concurso Scritta Dia do Escritor". O texto deverá conter estes dados: nome, e-mail, endereço, telefone, cidade e pseudônimo. O único dado não obrigatório é o pseudônimo.
Cada autor poderá enviar apenas um texto para concorrer, e este deverá ser entregue até o dia 20 de setembro de 2010.
Os textos serão avaliados por três especialistas da Scritta em redação e literatura. O resultado será divulgado no portal da Scritta no dia 19 de outubro.
Premiação:
Os três primeiros colocados receberão:
1º lugar: - Assinatura de 2 anos de revista Língua Portuguesa; - Publicação do texto na revista/site Língua Portuguesa (ainda em negociação); - Livro do Fábio Reynol; - Camiseta da Scritta.
2º lugar: - Assinatura de 1 ano da revista Língua Portuguesa; - Camiseta da Scritta.
3º lugar: - Assinatura de 6 meses da revista Língua Portuguesa; - Camiseta da Scritta.
Além disso, os dez melhores textos serão postados no site da Scritta e compartilhados com todos os nossos leitores.
Algumas regras para o seu texto:
Formato do texto: fonte Arial, tamanho 12, espaçamento 1,5; Tamanho máximo: cinco páginas.
Critério de avaliação: 1.Tipo de texto: os textos deverão obedecer à estrutura de conto, crônica, narração;
2.Adequação ao tema: os textos deverão obedecer ao tema "Será o fim dos tempos?", sendo obrigatório não fugir ao tema;
3.Criatividade e originalidade: terão destaque maior os textos que fugirem do senso comum, que emitirem um caráter próprio e que chamarem a atenção dos jurados por sua criatividade;
4.Coesão e modalidade: os textos serão analisados de acordo com os recursos linguísticos, as escolhas lexicais, a precisão e a riqueza vocabular, a ausência de problemas da língua (pontuação, ortografia, gramática), o uso adequado dos elementos de coesão.
Atenção: Os candidatos que não seguirem essas regras serão automaticamente desclassificados.
Portanto, não perca tempo: envie o seu texto e boa escrita!
Se você tem aquele medinho de cometer inadequações de linguagem, não fique apreensivo: nossa equipe fará uma revisão personalizada antes de postar os textos no site.
Para participar, acesse a área específica do concurso: http://www.scrittaonline.com.br/dia-do-escritor
Uma estrada vazia Repleta de cactos e oportunidades Seguirei pelo caminho ensolarado Sem medo de me acabar a água Ou das vertigens Chegarei naquela linha horizontal Sem que nada me separe Da sua pele Meu pelo! Minha capa de força Gritarei seu nome sem medo Pelos ventos do deserto Correrei pelas planícies ao seu encontro Sou outra, sou leve Sua pele me protege das intempéries Não mudarei o meu destino Você já o mudou E agora, e tanto, e quanto Vou Vôo Pra perto de você Pra me aquecer ainda mais E me fortalecer de energia solar Da sua luz flamejante Que não me deixa esquecer De nós dois Ao anoitecer Ao amanhecer Ao entardecer Somos um! Subindo e descendo pelas margens de um rio serpenteante Vamos indo, com pés úmidos e a mente fluida Unida Nessa ideia de indivíduo Completo Liberta-me e serás também Comigo Pleno!
O buraco da fechadura Não exprime mais aquela dúvida Apenas o escuro Além da porta recém fechada Toco a campainha do teu sonho Bóio na imensidão prateada Viro o barco num mar tranquilo Pra te encontrar uma vez mais alma penada:
Sussurro ecoa vagueando É hora de voltar à luta armada Vou chamando - Volta minha amada! Que a morte sem tu’alma não é glória E para mim não há remédio além daquele Que refaz cada passo a nossa história
Não há inferno Não há claustro Que remonte O terror de um campo de batalha Mas a dor de estar sem ti nesse rochedo É maior do que arder em vil fornalha
Vou passar aos ventos o teu nome O meu lamento se traveste de uma flâmula A bradar que tu és a minha amada Um só dia, nem mais horas, nem instantes Poderei permanecer sem tua clava
Teu semblante, tua voz, tua luz São os únicos guias de outrora São os guias para sempre em minha vida Ainda que desses dias não desfrute nessa hora
Sei que nada mudará este enlace Basta agora encontrar-te e refazer-te Rainha, Dulce alva, minha escrava Pois desse amor sou senhor e baluarte Aguardo-te, busco-te impertinente Vem brilhante me lembrando do horizonte Um ensejo, um resquício de sorriso Irei abrir ao ver-te vindo tão distante
Eu ouço sua voz Não se preocupe Você não está sozinho Posso sentir a sua dor Há algum tempo atrás Era eu que estava em seu lugar Lamentando o fim de um amor Porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz Eu vejo nos seus olhos que a chama não se apagou Eu vejo que o futuro não parece promissor Mas veja Mesmo na pior tormenta Há um arco-íris Há uma réstia de esperança Que te leva até a outra margem Que te faz lembrar da sua infância De risadas fáceis Esse aperto Essa falta de ar Vão passar Você vai rir dessas lágrimas roladas Você vai olhar pra si mesmo no espelho E pensar que é uma nova pessoa Renascido entre espinhos Mais bonito e forte E vencedor Porque rir na cara da morte Lhe transforma... Sigamos Eu estou aqui Com a mão estendida Caminhemos Porque pelos portais do inferno Também há calor Há festa E um dia logo ali Você reencontrará seu paraíso E flutuará Dançará entre ninfas Sorrirá E sentirá mais uma ver Seu coração a bater
Ouvir seu coração bater O arfar de peito Dormir sem perceber Amanhecer sujeito A voar, flutuar, sem medo de cair Cantei Sonhei com você sem barba Como os anjos E a lua e as estrelas As ondas do mar Numa paródia de paraíso particular Não preciso de um idílico oasis Somente um rock clássico na agulha E o seu sorriso... Vamos comer pão na chapa, baby Porque os pequenos prazeres São tão imensos ao meio dia Desse inverno ao seu lado! Acorde com sono Porque o céu está completamente azul E temos uma história pra escrever Sem pressa Com muitas ilustrações Sem ordem cronológica Como num clipe bem humorado Em preto e branco
Procuro alguma informação na web que possa mudar a minha vida, ok, de repente, apenas salvar o meu dia, entre fotos da Gisele Bünchen, da Dilma, do último BBB, não encontro nada de útil, está cada vez mais difícil garimpar informações boas, relevantes, acho que estou procurando nos lugares errados, talvez eu precise de drogas, talvez eu precise de uma lupa digital, talvez eu precise de uma boa indicação daquele velho amigo, talvez eu precise sair correndo do escritório e pegar um sol, ou ir no cinema no meio do dia, tenho algumas contas pra pagar, comprei algumas roupas para parecer algo diferente, cores, talvez eu possa viajar, talvez eu possa encontrar uma chance, encontrar um instante, sem dúvida, com claridade, talvez eu tenha que eu mesma achar a chave de cada prisão entre letras, o buraco sem fundo das palavras não-ditas, a vã filosofia, o amar, a falta de calma, a dor de barriga, talvez esteja ficando apenas vazia a minha mente, três pontos, pausa, penso, meu cachorro correndo, volta correndo, sorri, dorme, talvez eu seja oligofrênica, talvez apenas esteja, queria ser o Saramago, ou trabalhar na MTV, mas as vezes também é uma bosta, vou dançar um tango, vou fazer um bolo, vou beber uma pinga e dormir quentinha, vou sonhar criança, vou entardecer, vou engravidar, vou resplandecer, vou ver a vida passar, de uma sacada na beira da praia, vou navegar mais um pouco na rede e procurar mais alguma informação pra mudar a minha vida, um texto de auto-ajuda, uma tirinha do Adão, uma matéria sobre moda no Japão, uma falta de foco, um cinto, um sinto, um ponto.
Com vocês a canadense diva, Alice Russell, ao vivo:
Mean To Me
You can always be mean to me or you could keep me on side we could work this out easily but i don't know if i'll try, anymore so carry on being mean to me and all you'll get is dry eyes wheres the kissing and the pleasing me its like somebody died
I'm giving you recipies cos you have to feed fire i'm giving you chemistry cos you have to feed fire i'm giving you recipies, chemistry, everything yes all of me cos you have to feed fire
you could always be mean to me or you could treat me nice and kind you could be huggin and a'squeezing me you could be holding me tight but carry on the way your treating me and wait for letters i wont write wheres the kissing and the pleasing me its like somebody died
I'm giving you recipies cos you have to feed fire i'm giving you chemistry cos you have to feed fire i'm giving you recipies, chemistry, everything yes all of me cos you have to feed fire
Se num pedaço mínimo de espaço Você está lá Se não sai da minha mente Nem da minha mão Ouço sua voz Sua respiração Parece um encosto Você está aqui Tão perto E não me liga Parece judiação Nesse espaço que cresce Meio trôpego Atormentado, que tento suprimir Nascem florzinhas Nascem nuvenzinhas Nascem gramados Que havia esquecido Existirem Ventinho no cabelo Óculos de sol E um sorriso de lado