quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Reveillon

Cecília escorregou pela cachoeira, empoçou em Pocinhos
Juliana e Renata foram passar calor em Cabo Frio, preferiram Búzios
Karina em Caldas, novidades? Saudade!
Ana voa longe, nos maiores recifes contará as unhas vermelhas biquíni
Bia vai ver o Cristo abrir os braços para o ano novo
Gisele nos sete mares, vai rainha, vai render
Aline me escreve, Catarina ensaia a cena
Devagar com o andor, ainda faltam meses!
Suzana espera, Camila tira férias, Vivian escolhe a decoração
Fernanda está em lua de mel
Carol faz anos, Fabiana corre, Marília morre de vontade de chegar no avião
Cristina toma um sol, Vera ri pro rebento, Luana samba um momento
Charlene nos faz apertar de novo o coração
Deia mostra os presentes, Mari faz os convites
Renatas, Julianas, Fabianas, todas elas
Estão na espera
O ano novo chega para todas
Cada uma na sua janela
Vamos ver elas
Rezarem a lenda, darem a volta por cima, encontrar os amores, os dissabores, cantar aquela canção
Chorar mais um pouquinho, tomar aquele chopinho, balançar no batidão
Vamos Marias!
Vamos Luciana, Ariane!
Vamos Margarete, vamos Vielka!
Que o ano é novo, as amizades são as mesmas
Que nos levam o tempo, o passado,
O olhar nos olhos das amigas que guardam nosso sofrimento
Guardam nossas fantasias, nossas risadas, guardam cada momento
Dividido, vivido, curtido, sentido
Nesse andar que junto é uma vida imensa
Partilhada como colcha de retalhos
Como imensidão de identificação nas diferenças
No amor, na fé, na mão que segura, no ombro que acolhe, no abraço apertado
Com pulinhos e gritos que nunca se perderão!

FELIZ ANO NOVO AMIGAS DA MINHA VIDA!

Uma imagem, o tempo, vida parada, momento

No terreiro

correu girou dançou loucamente na chuva a roupa branca colou no corpo rodopiou feito pião ria dançava seus cabelos subiam como balão abriu os braços e desapareceu

Sonho de Ariel

Vou dançar nas ondas do mar
E te enlaçar com minhas pernas
Vou jogar os braços pro ar
E você me girará lentamente
Te abraço
Calor e frio, corpos molhados
Somos um, somos bolhas n’água
Serpenteando juntos
Sorrindo, beijando
Abraço com vácuo
Sou leve
Me carregue
Bóio como vitória régia
Bolhas brancas como véu de noiva
No horizonte o amor
No abraço não há começo, não há fim
A energia é una
O céu, o sol, o mar infinito
Não há suor, não há solidão
A tarde nos coroa, dá vazão
Nossa escolha
Sentir, subir à tona
A paixão

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Na cidade


ainda te sinto
sorrindo pra mim
cheirando meus cabelos
me segurando pelo pescoço, por trás
sua mão
é conforto
e alguma segurança

ando pela cidade
chuva fina
algo de caótico e poético
se instaura no ar
entre as luzes de natal
as obras
as buzinas das motocicletas
o anonimato e a multidão
há os amigos
há crianças vibrando
rindo

há o eco dos corais
há vitrines majestosas
há um passear entre gente que corre

observo a avenida
ando sozinha
pensando em você do meu lado
me contando histórias do passado
segurando de novo a minha mão

enquanto o tempo fica congelado
um instante, um pensamento
e tudo volta a se mexer
sigo em passos automáticos
ziguezagueando entre as poças
em casa me espera
um retrato e o anoitecer

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Comer Rezar Amar

Trago dentro do meu coração,
Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
Todos os lugares onde estive,
Todos os portos a que cheguei,
Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias,
Ou de tombadilhos, sonhando,
E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero...
(Álvaro de Campos )



Comer Rezar Amar

Alguma crítica

Fui assistir ontem, no auge dos meus 29 anos, ao filme Comer Rezar Amar, com uma grande amiga. Apesar de algumas boas gafes do filme, como um ator notadamente castelhano, como Javier Bardem, no papel de um brasileiro e com um português risível; as entradas nada naturais de músicas brasileiras bossa nova sempre que o personagem aparece; a citação no filme de que os brasileiros homens costumam beijar na boca homens da mesma família (nunca vi isso na minha vida, alguém já??); além do choro e fragilidade exacerbada de quase todos personagens masculinos do filme; o filme é bom em vários aspectos e me trouxe diversas reflexões que gostaria de compartilhar. Fica a crítica à falta de pesquisa antropológica de Hollywood. Gente, se vamos falar de outra cultura, não custa nada dar uma mínima pesquisada pra isso, não?

Paisagens de encher os olhos, a Itália das artes, do entusiasmo, da gastronomia, do comer bem, do prazer. A Índia das cores, dos tecidos, dos adereços, da busca pela iluminação. Bali com suas belezas naturais e a simplicidade sustentável da vida na ilha. Acredito que muitas pessoas já tenham pensado em fugir dos problemas de suas vidas fazendo uma bela viagem. Algumas não têm condições financeiras para encarar esta “terapia”, para outras falta coragem. É interessante assistir, no filme Comer Rezar Amar, o quanto qualquer viagem pode ser transformadora, somente pela mudança de ambiente, por conhecer novas pessoas e paisagens, simplesmente. A busca da personagem, no entanto, era mais longa: visava o auto-conhecimento, a libertação.

Essa busca, muitos de nós encara pela vida toda. Ela teve a sorte de encontrar entre amores, dissabores, amigos e desconhecidos, alguns gurus. Essa sorte realmente é bastante ímpar na biografia da escritora Elizabeth Gilbert, interpretada por Julia Roberts. As angústias da vida moderna, de não estarmos exatamente no lugar onde gostaríamos de estar, de não termos realizado um feito extraordinário, de não termos nosso nome numa placa, na capa das revistas, de um livro; os quinze minutos de fama, muito dinheiro, um amor avassalador para o resto da vida, filhos perfeitos... A angústia da protagonista nos causa identificação, porque todos nós vivemos decepções amorosas, acreditamos nos contos de fadas nos quais o amor é para sempre e não traz os problemas da convivência; onde não existe amargura, rancor, arrependimento. E a culpa, tão bem retratada pelos personagens.

Interessante para mim também foram algumas mensagens levantadas pelos questionamentos da protagonista. Liz chega às ruínas em Roma e escreve para seu ex-namorado expressando que não devemos manter-nos em uma situação de desconforto por medo de nos arruinarmos. Ela acredita na importância da ruína, de destruir algo hoje, para construir algo novo amanhã. Quem de nós não temeu alguma vez essa mudança? A ruína, o sofrimento, o medo do novo, de começar do zero de novo? A metáfora da ruína é fantástica.

Outra predição, do amigo Richard, na Índia, pra mim foi bastante engrandecedora. A de que devemos buscar o perdão de nós mesmos para superar os arrependimentos, e de que não devemos ser auto-piedosos no sentido dramático, apegados aos nossos dramas, mas verdadeiramente buscar o perdão. E quanto aqueles que amamos e deixamos pelo caminho, que devemos não somente buscar o vazio em relação àquelas pessoas, mas devemos amá-las, devemos enviar amor e paz pra essas pessoas, orar por elas, por que não? E assim esquecê-las, superá-las, para poder viver novas experiências. Olhar para o passado com o amor de quem aprendeu com as passagens, com as dinâmicas, com o sofrimento. Com um olhar generoso. A cena da dança no terraço do templo, entre Liz e o ex-marido, é poética.

E a grande mensagem do filme para mim é a amizade. A amizade que nos dá a todo instante uma família, onde quer que estejamos. A solidariedade entre as pessoas, mesmo às mais diferentes. O crescimento pessoal que os relacionamentos de amizade nos trazem, e novamente, a generosidade. Dar para receber e sempre recebemos dos amigos. A amizade no filme é elevada ao status máximo, porque retrata aqueles aos quais escolhemos amar, incondicionalmente, nos dedicamos e acompanhamos por momentos em nossas vidas.

Mesmo aos amigos, que passam pela nossa vida, não devemos ter apego. Devemos compartilhar com eles o presente, sempre que possível, valorizar essa convivência e também saber deixá-la pra trás, muitas vezes, porque a vida é dinâmica e não podemos estar sempre no mesmo tempo e lugar. Que bom que novas amizades surgem e que outras permanecem, se fortalecem. Que podemos reencontrar velhos amigos e conversar como se o último encontro tivesse sido ontem.


A atuação de Richard Jenkins, o veterano ator norte-americano, quase sempre coadjuvante , é outro diferencial do filme e soma-se ao talento dos atores orientais menos conhecidos da trama. Ele dá um verdadeiro show de interpretação no papel de um alcoólatra que busca a redenção na Índia e serve como a mosca da sopa na vida da protagonista - o grilo falante que todos nós agradecemos quando entendemos realmente suas boas intenções por trás da impertinência.
Um brinde com vinho tinto ao filme e às sensações e pensamentos que desperta. Santé!

Comer Rezar Amar
titulo original: (Eat Pray Love)
lançamento: 2010 (EUA)
direção: Ryan Murphy
atores: Julia Roberts , James Franco , Billy Crudup , Viola Davis , Javier Bardem
duração: 133 min
gênero: Drama


terça-feira, 19 de outubro de 2010

3 poemas

Rolando

Minha pele no seu pelo
Seu pelo no meu cabelo
Meu cabelo no seu joelho
Seu joelho no meu quadril
Meu quadril no seu
Cê em mim
Mim no cê
Querer sem fim


Interior

Esparrama o feijão
Conta cinco grãos
Guarda num saquinho de flanela
Guarda na gaveta
Fe-i-jão
Que nunca mais brotará
Pra guardar a memória
O cheiro
O tempo
Daquela casa de fazenda
De janelas amplas
A luz poente
A poeirinha no feixe de luz
O cheiro amadeirado
O final de abril
Que não volta mais


Regato

Regato
Pedaço de vida
Escorrendo num vale pequeno
Molhando as pedras,
Brotando a relva
O musgo
As serpentes d´água levam
Peixinhos, fluidos, vida microscóspica
Leva as bolhas
Leva os gravetos boiando
As aranhas, ariranhas
Leva o frio, a fresca, leva a bruma baixa,
Leva os vivos e os mortos rio abaixo
E deságua, acaba,
Onde outra vida começa
Professa o rio sua reza
O murmúrio d´água
Acalma
Leva névoa
Leva terra
Lava’lma

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Tulipa Ruiz



Essa é uma ótima da nova música brasileira urbana. Muderna essa mulher! ADOREI. Combina com a primeira cerveja gelada da noite, com o esmalte vermelho no pé, com a risada escancarada entre amigas que não se deixam falar, com a cara de espanto, com um vestido encurtado, com um abraço apertado de um velho amigo, com um cachorro latindo assutado, um surto parado, uma roupa rasgada e o fio da meada.

Ne me quitte pas!




Girava a menina
giravam os cabelos
giravam as saias rodando
braço na cintura
pés rápidos
tontura boa
sorrisos
vai parando lentamente
céu azul de testemunha
bandeirolas
corre tonta
pros braços da relva

não há mais liberdade
do que o corpo na grama fresca
do que nós dois olhando estrelas
sem limites
te conto uma vergonha de infância
você me ama mesmo assim
seguimos doidos
a rabeira da estrela cadente
espremo os olhos
peço um casamento
lançado o destino
segue o firmamento
sobre nós
o infinito

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Literatura com sangue latino: peruano Mario Vargas Llosa ganha o Nobel de Literatura

Letícia Feix para a Scritta

A literatura sulamericana está em festa. O peruano Mario Vargas Llosa recebeu o maior prêmio mundial de literatura, o Nobel. A obra do autor é marcada pela história e pelos costumes da América Latina, trazendo muitas vezes a discussão política e a crítica às ditaduras. também mostra várias faces biográficas em histórias e romances que contam com a influência do existencialismo e grandes doses de erotismo. Romances como Pantaleão e as Visitadoras, Conversa na Catedral, Tia Júlia e o Escrivinhador, e mais recentemente Travessuras da Menina Má são grandes sucessos do escritor, que também escreveu sobre a realidade brasileira, em A Guerra do Fim do Mundo, sobre a revolta de Canudos. A obra foi dedicada ao escritor Euclides da Cunha, autor de Os Sertões.

Ativista político, o autor é conhecido por posições de direita e foi candidato à presidência do Peru em 1990.  A enciclopédia virtual Wikipedia noticiou: “Em 7 de outubro de 2010 foi agraciado com o Prêmio Nobel da Literatura pela Academia Sueca de Ciências por sua "por sua cartografia de estruturas de poder e suas imagens vigorosas sobre a resistência, revolta e derrota individual". O presidente do Peru, Alan García, considerou o prêmio a Llosa como "um reconhecimento a um peruano universal"”.

Vencedor de inúmeros outros prêmios de literatura, o autor, de 74 anos é membro da Academia Peruana de Línguas desde 1977, e da Real Academia Española (RAE) desde 1994. Tem vários doutorados honoris causa por universidades da Europa, América e Ásia; pode-se citar os concedidos pelas universidades de Yale (1994), Universidade de Israel (1998), Harvard (1999), Universidade de Lima (2001), Oxford (2003), Universidade Europeia de Madrid (2005) e Sorbonne (2005). Em entrevistas à imprensa internacional, o escritor contou com bom humor que acreditou que a notícia do Nobel era um trote: "Estou surpreso e ainda não consigo acreditar", acrescentou. Sobre a importância do acontecido, Llosa enfatizou que "o prêmio também reconhece a importância da literatura latino-americana", e completou: “a liberdade e a democracia são o verdadeiro caminho do progresso, que acredito que seja o papel de um escritor defender".

A Scritta Comunicação empresarial saúda o escritor e indica o livro “As travessuras da menina má”. Nesse romance de Llosa, o protagonista narra sua tragetória entrecortada pelos encontros e desencontros com uma mulher nada comum, entre memórias de infância no Peru na década de 50. A trama, recheada de fatos autobiagráficos, relata uma relação impetuosa entre a esperta e sedutora Menina Má e  Ricardito, um tradutor da Unesco.  Ao longo do livro, o leitor viaja por lugares famosos do mundo: a França dos anos 60; a Londres entregue ao amor livre dos anos 70; a Tóquio dos grandes mafiosos; e a Madri em plena transição política dos anos 80. O livro é uma verdadeira viagem literária com a qualidade de quem alcança em todos os seus paradoxos a alma humana. Sua leitura é um deleite tanto pela história, como pela narrativa, construída pelo autor com o refinamento da linguagem e das imagens apresentadas. O vencedor do Nobel nos agracia.

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Nas bolhas


Eu queria ter a coragem
De encarar o incerto
O desconhecido
Me libertar das amarras
E surfar nas ondas mexidas do Hawaí
Queria sentir a brisa marítima nos cabelos
E correr de um lado a outro na areia
Vislumbrar o horizonte infinito
Dos confins da terra...
Do mar sem fim
Vou mergulhar nesse sonho
Vou mergulhar nessas bolhas que lambem meu corpo
Vou voltar ao útero
E me dissolver na imensidão
Do sonho
Em mim

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

L'été



Quelqu'un...
toi...
moi chez toi...
e todas as gotas de banho que lambem teu corpo
queria ter óleo
e mirra
e que esse banho fosse eterno

nesse trânsito
de verão
não haverá o enfadonho
nem os pássaros voltando
no cair da tarde

não haverá lágrimas pelas dores do mundo
não cairão relâmpagos
o tempo está parado
o horizonte ao longe
nada significa

tudo em mim
culmina
para esse momento
num quarto barato de hotel
com você
me contando histórias de infância
risos no espelho

e memórias entrecortadas por beijos
nada mais importa
só o enlace, só o presente
e a estátua da liberdade

égide
ápice
âmago
e
relax

O calor...
ficou lá fora
os homens na construção
estão lá fora
Tudo de ruim e tudo de bom
espera...

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A-N-S-E-I-O paralisante

Foto de Letícia Feix numa tarde de verão com Cecília Gomes

Não havia nada
Só um peixinho dourado
Aprisionado numa fonte transparente
E uma vitória régia
Mas nada será como antes
Agora que em tudo vejo poesia
Nos nenúfares
No ronco do vento balançando os ipês
Até nas folhas que rolam secas neste fim de inverno
nos arrulhos
nos carros que passam ao longe
Tudo remonta à cidade viva
No meu peito
Arfando forte
Pulsando em minhas veias
Poéticas,
Frenéticas
Pelo novo
Por todas as páginas em branco
E todas as letras abismais
E todos os espaços entre palavras
E reticências que vou usar
Para contar esta história
Que começa
Num suave desespero
A-G-O-R-A:

“A Maria que amava o João
Cansou da espera na janela
Saiu numa passeata
Encontrou um francês
Foi pro bar
Bebeu todas
E acordou dotada
De todas as cores e advérbios
De uma mulher livre”.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

No limite da razão

Na razão eu fujo

Na razão eu tremo

Na razão eu suo

Na razão extremo

Na razão eu sofro

Na razão eu penso

Agora tomo a pílula do esquecimento

Álcool em gel

Trufas coloridas

Balanço o nariz

Pó de arco-íris

Cheiro um unicórnio

E resolvo:

Ser F-E-L-I-Z

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Vancouver



Caminho na neve

Sem congelar os pés

Sem me importar com as poucas pessoas a sorrirem

Ou com os galhos nus...

Seu amor me aquece

Cada memória com você me aquece

O amor queima

Arde

Amortece

Cauteriza

Fortalece

Dessa fortaleza emano

Rejunto os pedaços

E renasço ainda mais linda

Livre

Beleza e liberdade

Ímpetos versus suavidade...

Cada dia não será suficiente

Para isso temos a história

Vivida a cada manhã fria

E a cada noite quente

Em seus braços

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Yael Naim

Conheça Yael Naim, parisiense criada em Israel, filha de tunisianos, esta diva flok/soul é um bálsamo para os ouvidos, com muita classe!

E linda...



Enquanto isso, ouvindo e pensando num poeminha coroado pelo fim de tarde de sexta-feira, feliz, cansada, com dois pés prontos para alçar o caminho do aconchego, do final de semana e de reencontros.

Sossego

Te beijo
Te espero
Eu sonho
Eu vejo
Caminhando entre árvores
folhas estalando
E a brisa fresca do inverno nos envolve
Sorrisos
unhas vermelhas
laços e fitas
não há mais espera
só um enlace
necessário
Let's make it happen!
Voilá
Bien Sur
E no pátio do colégio
meninas de trancinhas correm risonhas
me lembram dos meus dias de parque
de giros e saltos
de uma imaginação ilimitada
de príncipes e seres alados
caminhando entre os álamos
de memórias entrecortadas
a fragilidade da infância
volta num amor pueril
Não há como amar sem idealizar?
Vamos indo então
nessa verde grama
me jogo
como no sonho
nos braços de algodão
de todo amor que começa
E o fim
Não importa...

The End

terça-feira, 20 de julho de 2010

Colhendo dias


Queria um arco e flecha
para disparar no alto
e tentar matar alguns cristãos
vãos
idiotas
aqueles que balançam a mão
e não dizem nada
Só te calam fundo
sem coração
aqueles que pensam que um posto é mais que um valor
que um dia de verão
ai deles!
que nos estressam até a última gota de sangue
morram pútridos
porque deste sofrimento não mais se alimentarão
eu laço o meu pescoço e me liberto
porque antes morto que escravo
vôo ante nuvens
e descubro
que na atmosfera além de anjos
há uma linda visão
há um canto profundo
já vai o dia
e tudo é fluido
novas descobertas
que me mostram
que a inércia
não é uma opção

Carpe diem
que os dias serão melhores
com mais cores
e mais amores
mais jantares e cítaras
mais danças e ideias criativas
soprarão de mim
agora
sem os grilhões
que certas presenças me impunham
empunho minha adaga
e corto as amarras
pela última vez

terça-feira, 13 de julho de 2010

4ª edição Concurso Dia do Escritor

A Scritta, empresa de treinamentos em comunicação empresarial, realiza quarta edição do concurso literário que já virou tradição entre os amantes da boa literatura no Brasil

Terremotos, tsunamis, guerras, mortes, violências, abusos sexuais, alagamentos, falta de valores humanos, epidemias, crueldade: será o fim dos tempos?

O fim do mundo é um mito presente em todas as culturas, transmitido geração após geração pela tradição oral e que pode ser identificado nos escritos mais remotos. Atualmente, não se fala em outra coisa, principalmente por que não só a natureza, mas também o homem tem se mostrado extremamente perverso e vingativo.

Os escritos apocalípticos, com sua linguagem extremamente pessimista, já diziam que o mundo ficaria cada dia pior e que o melhor que poderíamos fazer era esperar o fim. Além disso, por se sentirem totalmente impotente com as forças do mal, raramente se preocupavam com o comportamento ético.

Será mesmo o fim dos tempos? O que tem acontecido com a natureza? E com o homem? Por que tudo perdeu a essência? O que você faria caso o mundo fosse mesmo acabar? Qual a sua visão sobre esses acontecimentos?

Esse ano, o tema do 4º Concurso Dia do Escritor é esse: Será o fim dos tempos?

Estão abertas as inscrições para o concurso. Quer participar? Então veja a seguir quais serão as regras.

Serão aceitos contos e crônicas, que deverão ser enviados pelo site com o assunto: "Concurso Scritta Dia do Escritor". O texto deverá conter estes dados: nome, e-mail, endereço, telefone, cidade e pseudônimo. O único dado não obrigatório é o pseudônimo.

Cada autor poderá enviar apenas um texto para concorrer, e este deverá ser entregue até o dia 20 de setembro de 2010.

Os textos serão avaliados por três especialistas da Scritta em redação e literatura. O resultado será divulgado no portal da Scritta no dia 19 de outubro.

Premiação:

Os três primeiros colocados receberão:

1º lugar:
- Assinatura de 2 anos de revista Língua Portuguesa;
- Publicação do texto na revista/site Língua Portuguesa (ainda em negociação);
- Livro do Fábio Reynol;
- Camiseta da Scritta.

2º lugar:
- Assinatura de 1 ano da revista Língua Portuguesa;
- Camiseta da Scritta.

3º lugar:
- Assinatura de 6 meses da revista Língua Portuguesa;
- Camiseta da Scritta.


Além disso, os dez melhores textos serão postados no site da Scritta e compartilhados com todos os nossos leitores.

Algumas regras para o seu texto:

Formato do texto: fonte Arial, tamanho 12, espaçamento 1,5;
Tamanho máximo: cinco páginas.

Critério de avaliação:
1.Tipo de texto: os textos deverão obedecer à estrutura de conto, crônica, narração;

2.Adequação ao tema: os textos deverão obedecer ao tema "Será o fim dos tempos?", sendo obrigatório não fugir ao tema;

3.Criatividade e originalidade: terão destaque maior os textos que fugirem do senso comum, que emitirem um caráter próprio e que chamarem a atenção dos jurados por sua criatividade;

4.Coesão e modalidade: os textos serão analisados de acordo com os recursos linguísticos, as escolhas lexicais, a precisão e a riqueza vocabular, a ausência de problemas da língua (pontuação, ortografia, gramática), o uso adequado dos elementos de coesão.

Atenção: Os candidatos que não seguirem essas regras serão automaticamente desclassificados.

Portanto, não perca tempo: envie o seu texto e boa escrita!

Se você tem aquele medinho de cometer inadequações de linguagem, não fique apreensivo: nossa equipe fará uma revisão personalizada antes de postar os textos no site.


Para participar, acesse a área específica do concurso: http://www.scrittaonline.com.br/dia-do-escritor

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Pelo e suor



Uma estrada vazia
Repleta de cactos e oportunidades
Seguirei pelo caminho ensolarado
Sem medo de me acabar a água
Ou das vertigens
Chegarei naquela linha horizontal
Sem que nada me separe
Da sua pele
Meu pelo!
Minha capa de força
Gritarei seu nome sem medo
Pelos ventos do deserto
Correrei pelas planícies ao seu encontro
Sou outra, sou leve
Sua pele me protege das intempéries
Não mudarei o meu destino
Você já o mudou
E agora, e tanto, e quanto
Vou
Vôo
Pra perto de você
Pra me aquecer ainda mais
E me fortalecer de energia solar
Da sua luz flamejante
Que não me deixa esquecer
De nós dois
Ao anoitecer
Ao amanhecer
Ao entardecer
Somos um!
Subindo e descendo
pelas margens de um rio serpenteante
Vamos indo, com pés úmidos
e a mente fluida
Unida
Nessa ideia de indivíduo
Completo
Liberta-me e serás também
Comigo
Pleno!

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Névoa

O buraco da fechadura
Não exprime mais aquela dúvida
Apenas o escuro
Além da porta recém fechada
Toco a campainha do teu sonho
Bóio na imensidão prateada
Viro o barco num mar tranquilo
Pra te encontrar uma vez mais alma penada:

Sussurro ecoa vagueando
É hora de voltar à luta armada
Vou chamando
- Volta minha amada!
Que a morte sem tu’alma não é glória
E para mim não há remédio além daquele
Que refaz cada passo a nossa história

Não há inferno
Não há claustro
Que remonte
O terror de um campo de batalha
Mas a dor de estar sem ti nesse rochedo
É maior do que arder em vil fornalha

Vou passar aos ventos o teu nome
O meu lamento se traveste de uma flâmula
A bradar que tu és a minha amada
Um só dia, nem mais horas, nem instantes
Poderei permanecer sem tua clava

Teu semblante, tua voz, tua luz
São os únicos guias de outrora
São os guias para sempre em minha vida
Ainda que desses dias não desfrute nessa hora

Sei que nada mudará este enlace
Basta agora encontrar-te e refazer-te
Rainha, Dulce alva, minha escrava
Pois desse amor sou senhor e baluarte
Aguardo-te, busco-te impertinente
Vem brilhante me lembrando do horizonte
Um ensejo, um resquício de sorriso
Irei abrir ao ver-te vindo tão distante

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Na época dos arraiá, receita de Bolo de Banana

Antendendo a pedidos:

Bolo de Banana

8 bananas nanicas maduras
manteiga

Parta as bananas ao meio longitudinalmente. Em seguida parta em três verticalmente.
Frite rapidamente as bananas na manteiga.

Unte e cubra com açúcar uma forma retangular média e alta.

Disponha metade das bananas e reserve.

Misture:

2 x. de farinha de trigo
2 x. de açúcar
2 colheres de sopa de manteiga bem cheias
1 colher de chá de canela em pó
1 colher de sopa de fermento em pó

Misture os ingredientes para formar uma farofa doce. Cubra as bananas na forma com metade dessa mistura.

Disponha o restante das bananas sobre a farofa. Cubra com o restante da farofa.

Bata no liquidificador:

1 lata de leite condensado
a mesma medida de leite
3 ovos

Despeje lentamente sobre a massa. Polvilhe canela em pó e leve ao forno pré-aquecido por cerca de 40 minutos em forno médio.

Dicas de filmes franceses


Segue aí uma listinha de filmes franceses muito legais para quem curte o idioma e quer praticar!

Esses não são filmes de arte ou muito lado B! Mas tem um charme diferente do cinema norte-americano!

Mal me quer, bem me quer (com a Audrei Tatou, suspense)

O fabuloso destino de Amelie Poulain

O albergue espanhol

As bonecas russas (continuação do Albergue Espanhol)

O pacto dos lobos (terror)

Astérix et Obélix contre César

Astérix & Obélix: Mission Cléopâtre

Por amor ou por dinheiro

36 (suspense/ação. É bem forte e pesado, mas é muito bom)

O amor está no ar (romance, comédia, muito legal!)

Meu melhor amigo

O closet

After you (Aprés Vous)

Uma relação pornográfica

segunda-feira, 28 de junho de 2010

No Ades


(Para um amigo...)



Eu ouço sua voz
Não se preocupe
Você não está sozinho
Posso sentir a sua dor
Há algum tempo atrás
Era eu que estava em seu lugar
Lamentando o fim de um amor
Porque o amor é a coisa mais triste quando se desfaz
Eu vejo nos seus olhos que a chama não se apagou
Eu vejo que o futuro não parece promissor
Mas veja
Mesmo na pior tormenta
Há um arco-íris
Há uma réstia de esperança
Que te leva até a outra margem
Que te faz lembrar da sua infância
De risadas fáceis
Esse aperto
Essa falta de ar
Vão passar
Você vai rir dessas lágrimas roladas
Você vai olhar pra si mesmo no espelho
E pensar que é uma nova pessoa
Renascido entre espinhos
Mais bonito e forte
E vencedor
Porque rir na cara da morte
Lhe transforma...
Sigamos
Eu estou aqui
Com a mão estendida
Caminhemos
Porque pelos portais do inferno
Também há calor
Há festa
E um dia logo ali
Você reencontrará seu paraíso
E flutuará
Dançará entre ninfas
Sorrirá
E sentirá mais uma ver
Seu coração a bater

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Free


Ouvir seu coração bater
O arfar de peito
Dormir sem perceber
Amanhecer sujeito
A voar, flutuar, sem medo de cair
Cantei
Sonhei com você sem barba
Como os anjos
E a lua e as estrelas
As ondas do mar
Numa paródia de paraíso particular
Não preciso de um idílico oasis
Somente um rock clássico na agulha
E o seu sorriso...
Vamos comer pão na chapa, baby
Porque os pequenos prazeres
São tão imensos ao meio dia
Desse inverno ao seu lado!
Acorde com sono
Porque o céu está completamente azul
E temos uma história pra escrever
Sem pressa
Com muitas ilustrações
Sem ordem cronológica
Como num clipe bem humorado
Em preto e branco

Em vermelho
Meu coração

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Divagando em Saramago

Procuro alguma informação na web que possa mudar a minha vida, ok, de repente, apenas salvar o meu dia, entre fotos da Gisele Bünchen, da Dilma, do último BBB, não encontro nada de útil, está cada vez mais difícil garimpar informações boas, relevantes, acho que estou procurando nos lugares errados, talvez eu precise de drogas, talvez eu precise de uma lupa digital, talvez eu precise de uma boa indicação daquele velho amigo, talvez eu precise sair correndo do escritório e pegar um sol, ou ir no cinema no meio do dia, tenho algumas contas pra pagar, comprei algumas roupas para parecer algo diferente, cores, talvez eu possa viajar, talvez eu possa encontrar uma chance, encontrar um instante, sem dúvida, com claridade, talvez eu tenha que eu mesma achar a chave de cada prisão entre letras, o buraco sem fundo das palavras não-ditas, a vã filosofia, o amar, a falta de calma, a dor de barriga, talvez esteja ficando apenas vazia a minha mente, três pontos, pausa, penso, meu cachorro correndo, volta correndo, sorri, dorme, talvez eu seja oligofrênica, talvez apenas esteja, queria ser o Saramago, ou trabalhar na MTV, mas as vezes também é uma bosta, vou dançar um tango, vou fazer um bolo, vou beber uma pinga e dormir quentinha, vou sonhar criança, vou entardecer, vou engravidar, vou resplandecer, vou ver a vida passar, de uma sacada na beira da praia, vou navegar mais um pouco na rede e procurar mais alguma informação pra mudar a minha vida, um texto de auto-ajuda, uma tirinha do Adão, uma matéria sobre moda no Japão, uma falta de foco, um cinto, um sinto, um ponto.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Poemas em abril

Sexo automotivo


Rodada vc...


Sexo automotivo 2:


Abre a porta, abre as pernas, tira o cinto, abre o cinto,

Aperto, apertos

Na velocidade da falta de razão

Sinal vermelho, bafômetro

Engasga!



Desanuviar



Abril despedaçado

Sonhos anuviados

Gritos e sussurros

Da consciência que não trai

Volta, gira, cai

Se entrega ao estado letárgico

Só por um instante

A dor também liberta

Mergulhar é perigoso

Se necessário vou junto

Solidão e escuridão

Volto pro balanço

E frio na barriga

E tombo

Sangue pisado

Sacrifícios pra se encontrar


Série "Diálogos inventados"


Quanto mais


Quanto mais

Dois segundos

(vinte minutos depois)

Cansei de esperar

Pra sentir alguma coisa por você, sabe?

Desculpe a sinceridade...

Tah, então, a gente se vê

Você não entendeu, até nunca mais

Ah, isso eu não posso aceitar

Não depende só de você

Volta o disco

Quanto mais?

Um segundo

Onde você vai?

Comprar um cigarro



Vamos, vamos


Corre, corre

Pro abraço

Te amasso

Passa o sal

Vira de lado

Te acho

Você sempre faz isso

Sou assim

É pegar ou largar

Só se for agora

Me lembre de te contar

A gente sempre esquece

E estamos prontos pra outra



Pensata



Se eu olhar bem pra você

Vejo o meu ex

Assim meio com os olhos espremidos, sabe

Só não admitiria isso nunca

Nem pro meu maior amigo

A verdade, é que a gente não busca o pai

A gente busca desesperadamente a gente mesmo



Janela em movimento



Luar

Dia de sol

Outono quente

Outra estação

Vai o trem

Matizes no além

O horizonte trêmulo

De uma miragem

Lembro de mim criança

Lembro de você

E do Augusto

Me dizendo pra parar de correr

As paisagens passam rápido

Pessoas conversam entretidas,

como se as histórias de estranhos realmente importassem

Segue o trem

Segue a vida

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Poemas das férias

Se as conversas saíssem do pântano

Como bolhas

O ranço das ideias

Negras

Pútridas

As mais pequenas, pérfidas

Estalariam nos ouvidos

e federiam

como toda pequena maldade

quando se acorda crítico



Te amei tanto, bêbado

Cambaleante

Saltando entre poças

Por uma noite

Mas depois de tanta lama

Seca

A razão latente

Não cala

E seguiremos menos que amigos



Um portal

Um espelho

Uma janela

Da mente

Quando nada mais importa

Tão somente

O ocaso

O vazio

Uma meditação forçada

E germinante



Cala-te

Pega-me

Enlaça-me

Pela-me

Lamba-me

Devora-me

Decifra-me

Cubra-me

Interprete-me

E no fim...

Me ame!

Intransitivamente



Anedotas

Galhofas

Cambalhotas

Balofas palavras

Engraçadas

Como bochechas infladas





Ideias escritas discretamente

Esvaziam a mente

Em voz baixa

Voando alto

O pensamento

quarta-feira, 31 de março de 2010

Eu e você, você e eu

Do que for forte
Do que for pleno
Do que for dia a dia crescendo
Batendo no coração, batendo
Tum Tum
E a gente vai vivendo

Acordo numa manhã
Respiro no meio da tarde
E de repente
Nem percebo
Que já estou a pensar...
Em vários de nossos momentos
Tum Tum
Tum Tum

E agora nem me lembro
De não ficar sem te esperar
Tum Tum
Tum Tum
Tilintando, vai batendo
As risadas, as reboladas
Cada passo, giro e beijo

Tum Tum
Tum Tum
Meu coração, seu coração
Tum Tum
Tum Tum
Roçar de corpo, arfar de peito
Eu e você no contratempo

Tum Tum
Tum Tum
Eu estou a te esperar...
Vem correndo, vem correndo!

terça-feira, 23 de março de 2010

Road Movie


Vivendo um amor ou não

Sua existência já me prova

O que sou e o que não sou

O que já fui e o que me espera

Me abro aos acontecimentos

Sem desespero

Um olhar lancinante ao futuro próximo

Sem medo

Só esperando a fila andar

O novo chegar

Depois de algumas viagens

E estórias

Algo parece ter se encaixado dentro de mim

Peças desajustadas

Ou um coração colado

Fissuras à mostra

Até que dão um charme!



terça-feira, 19 de janeiro de 2010

I'm giving you chemistry!!!

Com vocês a canadense diva, Alice Russell, ao vivo:

Mean To Me

You can always be mean to me
or you could keep me on side
we could work this out easily
but i don't know if i'll try, anymore
so carry on being mean to me
and all you'll get is dry eyes
wheres the kissing and the pleasing me
its like somebody died

I'm giving you recipies
cos you have to feed fire
i'm giving you chemistry
cos you have to feed fire
i'm giving you
recipies, chemistry, everything
yes all of me
cos you have to feed fire

you could always be mean to me
or you could treat me nice and kind
you could be huggin and a'squeezing me
you could be holding me tight
but carry on the way your treating me
and wait for letters i wont write
wheres the kissing and the pleasing me
its like somebody died

I'm giving you recipies
cos you have to feed fire
i'm giving you chemistry
cos you have to feed fire
i'm giving you
recipies, chemistry, everything
yes all of me
cos you have to feed fire

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Embaixo do pano


Imagem de Tara MacPherson

Se num pedaço mínimo de espaço
Você está lá
Se não sai da minha mente
Nem da minha mão
Ouço sua voz
Sua respiração
Parece um encosto
Você está aqui
Tão perto
E não me liga
Parece judiação
Nesse espaço que cresce
Meio trôpego
Atormentado, que tento suprimir
Nascem florzinhas
Nascem nuvenzinhas
Nascem gramados
Que havia esquecido
Existirem
Ventinho no cabelo
Óculos de sol
E um sorriso de lado

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Poemas em até 140 caracteres


O legal do Twitter é que além de informativo e interativo, te restringe a comunicação em uma concisão eficiente. Portanto, inspiradora!

Seguem alguns poeminhas publicados ao mundo (dos meus seguidores) no Twitter:


"Alma viva, quando lúgubre, fascina, pois não há impulsão mais forte que o toque lancinante da morte"


"Viajei aqui pensando no ali de repente que viria se não houvessem amarras diria vai e não volta oferenda!"


"Ama agora que o depois fica parado na história do futuro que se a deus pertence a mim não importa"


"A comida do vizinho passou do ponto, levando meus sonhos pelo cheiro acentuado de queimado. Finado o sonho, finado o assado."